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Gafisa reduz estimativa de lançamentos para 2014

Construtora e incorporadora deve lançar de R$ 1,5 bilhão a R$ 1,7 bilhão em projetos em 2014, ante os cerca de R$ 2,7 bilhões previstos para este ano A construtora e incorporadora Gafisa planeja controlar despesas e lançamentos de projetos em 2014, conforme busca reduzir a dívida e aumentar a rentabilidade nos próximos meses, informou o presidente-executivo da empresa, Duilio Calciolari. A empresa deve lançar de R$ 1,5 bilhão a R$ 1,7 bilhão em projetos em 2014, ante os cerca de R$ 2,7 bilhões previstos para este ano, com esta medida, o controle de custos e despesas será fortalecido para reduzir a necessidade de financiamentos, estima o executivo. As ações da Gafisa encerraram o pregão de ontem em alta de 6,29%, cotadas a R$ 3,72. A Gafisa iniciou uma estratégia de recuperação em outubro de 2011 depois de uma rápida expansão em mercados ainda não experimentados que levou a custos muito elevados, cancelamento de vendas e grandes prejuízos trimestrais. Desde então, a companhia reduziu despesas e suspendeu temporariamente os lançamentos da Tenda para se focar na venda de estoques. A dívida líquida provavelmente ficará de 55% e 65% do patrimônio líquido no próximo ano, queda ante os 126% registrados no fim de setembro, disse Calciolari.

Alphaville A companhia utilizará os recursos da venda de participação de 70% da unidade Alphaville neste ano para pagar dívidas perto de vencer, dividendos não recorrentes a acionistas e recomprar ações.

“Determinamos que nossa alavancagem tinha fugido de controle devido a questões operacionais, não é uma questão de disciplina financeira”, disse Calciolari.

Ele acrescentou que o controle de despesas será reforçado. “A disciplina a financeira continua e o controle operacional vai junto com ele.”

O presidente-executivo da Gafisa afirmou que a empresa espera alcançar retorno combinado sobre o capital empregado – um medidor de eficiência financeira – de 14% a 16% em suas unidades da Gafisa e da Tenda em cerca de três anos. “A conclusão da venda da Alphaville muda nossa direção substancialmente no futuro”, disse ele. “Podemos ver o tamanho de nossa empresa a partir de 2014.”

Start-up

A Tenda retomou os lançamentos no início deste ano com um novo modelo de negócio sob o qual a pré-venda só pode ser reservada se os financiamentos forem capazes de ser transferidos para instituições financeiras.

“Vemos a Tenda como basicamente uma start-up (empresa iniciante)”, disse Rodrigo Osmo, diretor da unidade. “É um momento em que ela precisa provar o seu modelo de negócio”, afirmou o executivo.

Osmo disse que a maioria dos antigos projetos não lucrativos devem ser entregues até meados de 2014, e que o tamanho ideal da empresa deve ser de mais de R$ 1 bilhão em lançamentos anuais.

Terminal de ônibus fecha em Madureira

Trajetos e pontos dos coletivos são alterados a partir desta quinta-feira

O terminal de ônibus de Madureira fecha hoje para a realização das obras da nova estação do BRT Transcarioca no bairro e as paradas das linhas serão realocadas para ruas próximas. Após as obras, haverá no local um terminal de integração dos coletivos convencionais com o BRT que ligará o Aeroporto Internacional à Barra da Tijuca. O prazo para a entrega da estação não foi informado pela prefeitura, mas deve ser até 1º de maio, data marcada para a inauguração do Transcarioca. Nesse período, as sete linhas atendidas no local terão mudanças de itinerários, além de novos pontos de parada.

Segundo a Secretaria Municipal de Transportes, serão implantados semáforos e sinalização horizontal nos entroncamentos das ruas João Vicente com Padre Manso e da João Vicente com a São Geraldo e a Alcina, para maior segurança dos pedestres. Além disso, agentes da Rio Ônibus (associação das empresas de ônibus) estarão na região distribuindo panfletos informativos e orientando os passageiros.

Para melhorar o trânsito nas vias onde os ônibus passam a fazer as paradas, também foi proibido o estacionamento na Rua Alcina, no trecho do lado oposto ao número 75 até a esquina com a João Vicente. As linhas 910, 700 e 701 continuarão com ponto final no bairro, mas estes serão transferidos para as ruas Alcina e São Geraldo. Já as linhas 761, 762, 763 e 764 passarão a ser circulares em Madureira.

O Transcarioca é um dos quatro corredores BRT em implementação no Rio de Janeiro. A estimativa é de que transporte cerca de 400 mil passageiros por dia quando estiver totalmente concluído e as obras deverão custar aproximadamente R$ 1,5 bilhão.

Novos percursos

Linha 910 (ponto na Rua Alcina, 75)- Viaduto Pref. Negrão de Lima, ruas Padre Manso, Manoel Martins, São Geraldo, João Vicente, João Vicente, Domingos Lopes, Quaxima e Viaduto Pref. Negrão de Lima.

Linha 700 e 701 (Ponto na São Geraldo, nº 41 e 99, respectivamente) – ruas Padre Manso, Quaxima, Domingos Lopes e Avenida Cândido Benício.

Linhas 761, 762, 763 e 764 (Circulares em Madureira)- ruas Padre Manso, Rua João Vicente, Domingos Lopes, Largo do Campinho e Rua Candido Benício.

CAU/BR regulamenta direitos autorais na Arquitetura e Urbanismo

Centro Cultural Banco do Brasil em Brasília. Projeto de Oscar Niemeyer. Foto de Jim K-Town

Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU/BR) aprovou nesta quinta-feira, 5 de dezembro, resolução que dispõe sobre os direitos autorais em Arquitetura e Urbanismo. A norma considera que projetos, obras e demais trabalhos técnicos de criação no âmbito da Arquitetura e do Urbanismo são obras intelectualmente protegidas.

Veja aqui a Resolução Nº 67 na íntegra

O registro dessas obras intelectuais deverá ser requisitado junto aos CAU/UF, que farão a análise dos pedidos. O extrato dos registros efetuados ficará disponível no portal do CAU/BR. “Essa resolução representa um ato de elevada responsabilidade do nosso colegiado, por avançar em questões que parecem subjetivas, mas que são de grande importância para os profissionais e para a arquitetura brasileira”, afirma o presidente do CAU/BR, Haroldo Pinheiro. “Essa norma recupera a noção de arquitetura como produto cultural – o que valoriza não só o caráter singular de uma obra, mas o trabalho do arquiteto de visualizar soluções inovadoras”.

“Acredito que essa resolução, junto com a que define as atribuições privativas da profissão e o Código de Ética, formam a base para a boa prática profissional da Arquitetura e Urbanismo”, afirma o conselheiro Antônio Francisco de Oliveira, coordenador da Comissão de Exercício Profissional. “Na elaboração dessa resolução abrimos vários canais para a participação da categoria, contando com a ajuda de especialistas, consultas à legislação nacional e internacional, além das contribuições encaminhadas pelos CAU/UF e pelos arquitetos em geral”, diz o coordenador.

“De uma forma geral, essa resolução deve ajudar na melhoria da qualidade dos projetos arquitetônicos”, avalia o advogado Leandro Flores, autor do livro “Arquitetura e Engenharia com Direitos Autorais” e consultor do CAU/BR na elaboração da resolução. “De uma forma geral, a jurisprudência brasileira já é bastante protetiva quanto ao direito autoral dos arquitetos. Essa resolução do CAU/BR regulamenta o tema de forma bem mais abrangente do que havia sido feito no outro conselho profissional”, diz ele.

A resolução especifica dois tipos de direitos autorais: os morais, relativos à paternidade da obra intelectual; e os patrimoniais, que são os direitos de utilização da obra. Assim, projetos e outros trabalhos técnicos de criação somente podem ser repetidos com a concordância do detentor do direito patrimonial – que pode ser transferido pelo autor a outra pessoa. Porém, os direitos morais são inalienáveis. Toda peça de publicidade, placa ou meio de comunicação produzidos por arquiteto ou por outra pessoa física ou jurídica, seja da área de Arquitetura e Urbanismo ou não, que utilizarem um projeto ou obra devem especificar o nome do autor original, protegendo seus direitos morais.

Será considerado plágio em Arquitetura e Urbanismo a reprodução de pelo menos dois dos seguintes atributos do projeto ou obra dele resultante:

01. partido topológico e estrutural

02. distribuição funcional

03. forma volumétrica ou espacial, interna ou externa.

 A resolução também recomenda indenizações mínimas a serem requisitadas à Justiça em casos de violação de direitos autorais. Por exemplo, caso um arquiteto queira processar uma construtora por plágio de obra intelectual protegida, o CAU/BR recomenda uma indenização de no mínimo quatro vezes o valor dos honorários profissionais a título de violação de direitos autoras morais, e mais duas vezes o valor dos honorários por violação do direito autoral patrimonial.

Cyrela e QGDI compram Terra Encantada

A Cyrela Brazil Realty comprou, em parceria com a Queiroz Galvão Empreendimentos Imobiliários (QGDI), o terreno “Terra Encantada”, na região da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Na área de cerca de 150 mil m2, será desenvolvido projeto de uso misto – residencial e comercial – com Valor Geral de Vendas (VGV) total estimado em R$ 1,5 bilhão.

No local, funcionou, por 12 anos, um antigo parque, denominado Terra Encantada. O terreno chegou a ser comprado pela Real Estate X (REX), braço imobiliário das empresas de Eike Batista. Posteriormente, a área foi colocada à venda pela REX, assim como outros ativos que ainda não geram renda.

O preço pago pelo terreno não foi divulgado. A Cyrela informou apenas que o pagamento foi feito parte em caixa e outra parcela por meio da assunção de dívida junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Cada uma das sócias do projeto – Cyrela e QGDI – terão 50% do projeto. As primeiras fases do empreendimento serão lançadas em 2015.

O reinvestimento no negócio de incorporação, por exemplo, pela compra de terrenos será prioridade na destinação dos recursos da esperada geração de caixa da Cyrela em 2014, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Eric Alencar. A incorporadora tem aumentado a participação das aquisições em dinheiro no total, ante a de permutas.

Além de seu caixa, a Cyrela tem R$ 350 milhões de um fundo de permuta comprometidos para a compra de terrenos. A incorporadora comprará as áreas e um comitê do fundo avaliará se participa ou não da aquisição.

Rossi lança menos em 2013 do que esperava

Chiara Quintão

Os lançamentos da Rossi Residencial estão abaixo do que a companhia esperava para 2013, segundo o diretor-superintendente da companhia, Leonardo Diniz. Até o momento, a incorporadora lançou pouco mais de R$ 900 milhões no ano, e Diniz preferiu não afirmar se outros projetos serão apresentados ao mercado ainda em 2013.

“O volume menor de lançamentos é decorrente de o caixa não ter vindo como gostaríamos”, disse Diniz. A Rossi tem capacidade para lançamentos anuais de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, mas não há metas externa nem interna do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado.

De janeiro a setembro, a Rossi havia lançado R$ 590 milhões, 66% a menos que no mesmo período de 2012. No quarto trimestre, conforme Diniz, a velocidade de comercialização medida pelo indicador VSO (vendas sobre oferta) foi próxima à do terceiro trimestre.

O cenário do quarto trimestre é “desafiador” para as vendas e “morno como a economia brasileira”, de acordo com o diretor-superintendente da Rossi.

A companhia tem focado as atenções em geração de caixa e contabilidade. “Acreditamos que geração de caixa vai acontecer em breve, reduzindo o endividamento”, afirmou o executivo. Excluindo os juros, a incorporadora já gera caixa nas operações. A Rossi estima encerrar o ano alcançando o teto da meta de alavancagem, de 105% a 115% de sua dívida líquida sobre o patrimônio líquido.

Do fim de 2012 até o encerramento do terceiro trimestre, a empresa vendeu R$ 169 milhões em terrenos considerados não estratégicos. O potencial de terrenos que ainda podem ser comercializados é de R$ 100 milhões. A Rossi poderá também vender participações em projetos.

A companhia está desmobilizando sua empresa de propriedades comerciais, a Rossi Commercial Properties. A incorporadora já havia comercializado um ativo de shopping center e colocou à venda os outros dois que possui no segmento: um em Curitiba e outro em Porto Alegre. A Rossi projeta arrecadar de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões com a venda dos dois shoppings de vizinhança, localizados junto a empreendimentos residenciais.

A intenção da companhia é locar as lojas desses dois ativos, para então comercializá-los. A expectativa da Rossi é concluir a operação de venda no primeiro semestre de 2014.

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Rossi, Rodrigo Medeiros, a empresa continuará a monitorar mais possibilidades de conceder descontos na venda de estoques de imóveis “na linha de priorizar a geração de caixa”. “Os descontos tiveram impacto na margem do terceiro trimestre. Ainda haveria espaço para sermos mais agressivos”, disse Medeiros.