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CNI: economia em 2014 será pior com as eleições

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta o calendário eleitoral como uma das limitações a um crescimento maior da economia no ano que vem. De acordo como relatório sobre as perspectivas econômicas para 2014, divulgado ontem, o calendário “concede pouca liberdade para correções de rotas mais ousadas”.

Para o próximo ano, a CNI prevê expansão de 2,1% do Produto In terno Bruto (PIB), inferior à estima da para 2013, de 2,4%. A avaliação é que a troca de comando em postos-chave do governo, típica das campanhas eleitorais, dificultará a tomada de decisões de mais impacto, uma vez que frequentemente os novos ministros e gestores têm pouco conhecimento, espaço político ou liberdade para agir.

Os riscos de deterioração asso ciados às mudanças na política monetária norte-americana e á desaceleração dos investimentos são outros dois fatores citados pela Confederação como possíveis entraves a uma expansão mais vigorosa no próximo ano.

Para o presidente da CNI, Robson Andrade, uma das principais “correções de rota” necessárias é o reforço do papel do investimento como ferramenta para alavancar a competitividade brasileira.

“O Brasil tem uma indústria diversificada, muito mais do que em outros países. Poderíamos estar crescendo de 40% a 50% mas o país precisa de reformas estruturais que mudem o ambiente de negócios e melhorem sua competitividade”, declarou Andrade. De acordo com as projeções, depois de subir 7,1% em 2013, a Formação Bruta de Capital Fixo (que mede o investi mento) deverá variar 5% em 2014.

Os avanços no programa de concessões na área de infraestrutura, embora positivos no médio prazo, deverão ter “impactos efetivos moderados” no próximo ano, segundo estudo da entidade.

Os investimentos deverão crescer menos em 2014, por causa do aumento dos juros a CNI prevê juros nominais médios de 10,48 ao ano e do baixo nível de confiança dos empresários, projeta a Confederação. “Os setores volta dos para o mercado interno são os que se mostram mais confiantes, aqueles que competem externa mente têm mais dificuldades”, disse Andrade.

Capitais ganham mobilidade urbana

O Clube Atlético Paranaense prevê para o dia 26 de março de 2014 a reinauguração do seu estádio, a Arena da Baixada, que es tá sendo preparada para sediar quatro jogos da primeira fase da Copa de 2014. As instalações remetem a uma arena multieventos, com cobertura metálica que protegerá 100% das cadeiras, infraestrutura de última geração, espaços para imprensa e amplos vestiários. A arena terá capacidade para 43 mil espectadores, podendo receber até 60 mil pessoas, com a utilização do grama do, para outros tipos de eventos.

Em frente ao estádio, está previsto um centro comercial com área gastronômica, acessível pelo ‘ de transporte público. Onde fica o terreno de um antigo colégio será construído um prédio de 4 mil m que abrigará o centro de imprensa e a área de hospitalidade durante a Copa. Depois, o es paço será usado para eventos. O custo estimado da reforma do estádio é de R$ 265 milhões.

Para receber a Copa a prefeitura de Curitiba está investindo em obras de revitalização e sinalização de ruas, de melhoria do transporte coletivo e infraestrutura turística. Somadas as seis obras de mobilidade do PAC da Copa e os títulos de Potencial Construtivo, destinados às obras de reforma e ampliação da Arena da Baixada, a participação do município ultrapassa R$ 340 milhões em recursos próprios.

Parte dos investimentos será destinada à implantação da linha direta (Ligeirão) Eixo de Transpor te Norte/Sul, desalinhamento de estações-tubo entre o Terminal da Santa Cândida e a Avenida Munhoz da Rocha; obras de revitalização e infraestrutura viária no bairro da Água Verde e ainda a instalação da estruturas temporárias nos arredores da Arena. A Praça Afonso Botelho, em frente ao estádio, passará por ampla reforma.

“A cidade ganha nova roupagem em função das obras da Copa. As intervenções ocorrem em pontos de grande demanda da população”, comenta o secretaria Municipal Extraordinária da Copa do Mundo da Fifa 2014, Reginaldo Luiz dos Santos Cordeiro.

Ele ressalta as melhorias de tráfego em vias hoje saturadas, requalificação de corredores exclusivos de ônibus, melhorias em terminais de ônibus urbanos e rodoviários. “Há também o lega- do imaterial, resultante da exposição da cidade para o mundo, o intercâmbio cultural e humano, o impacto no turismo e na economia”, acrescenta. Pesquisa do Ministério do Turismo indica que Curitiba receberá perto de 500 mil turistas durante a Copa, dos quais 100 mil estrangeiros.

Nos imóveis localizados no bairro Agua Verde, onde fica a Arena da Baixada, já se notam sinais de valorização do metro quadrado devido não apenas ao estádio e à boa infraestrutura, mas também ao novo status que vai ascender pela proximidade que tem com outro bairro nobre, o Batel. “Depois que todas as obras forem concluídas, o metro quadrado será bem valorizado”, diz Gustavo Selig, presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas cio Mercado Imobiliário do Paraná.

Em Porto Alegre, com investi mento estimado em R$ 330 milhões, o novo estádio Beira Rio não lembra em nada o velho estádio inaugurado em 1969 pelo Sport Club Internacional. Para viabilizar o complexo esportivo, a direção do Inter firmou uma parceria com a construtora Andrade Gutierrez em março de 2012, cujo resultado foi a criação da BRio, uma sociedade de propósito específico (controlada pela holding AGSA e o grupo BTG Pactual), que ficou responsável pela execução das obras e detentora dos direitos de exploração dos ativos do estádio por 20 anos.

A BRio contratou a Andrade Gutierrez, bancou parte do investimento e obteve R$ 271,5 milhões junto ao BNDES. O Inter aportou R$ 26 milhões.

O maior túnel de metrô do mundo

A o descer do jipe em travessia oficial do maior túnel de metrô do mundo, de São Conrado à Barra da Tijuca, o governador Sérgio Cabral aparentou emoção e chegou a ficar com os olhos cheios d’água antes de discursar.

Na ocasião, ele anunciou ainda que a licitação para a construção da Linha 3, que ligará Niterói a São Gonçalo, será em janeiro e o contrato com o governo federal, que custeará dois terços da obra, será assinado até o

segundo trimestre de 2014.

Em setembro, quando o governador anunciou a libe ração das verbas da Linha 3, ao lado da presidente Dilma Rousseff, ele disse que a licitação deveria ocorrer até o fim de dezembro. A obra do trecho até São Gonçalo

deverá ser concluída no primeiro semestre de 2016 e, futuramente, expandida até o município de Itaboraí. A Linha 4 também deve entrar em operação ate o inicio de 2016, para estar em funcionamento antes das Olimpíadas. As escavações do primeiro túnel de São Conrado para a Barra foram concluídas no último dia 9, com a implosão do último trecho que ainda separava os dois bairros.

Complexo Paineiras: Iphan desautoriza obras

Chefe do Parque da Tijuca diz que vai recorrer da decisão

O escritório do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Rio anulou todas as autorizações para a construção do Complexo Paineiras e comprou uma briga com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), responsável pela gestão do Parque Nacional da Tijuca. Em ofício enviado ao ICMBio, o superintendente do Iphan-Rio, Ivo Barreto, condiciona o reinício das intervenções do complexo turístico — as obras estão paralisadas desde agosto — à diminuição do número de pavimentos, de três para dois, e das vagas do estacionamento, de 395 para 150. O chefe do Parque da Tijuca, Ernesto Viveiros de Castro, afirmou que vai recorrer da decisão no Iphan de Brasília, instância superior. Ele acrescentou que as novas exigências inviabilizam o projeto. Orçado em R$ 65,3 milhões, o Complexo Paineiras abrigará um centro de visitantes com exposições sobre os parques nacionais do Brasil, restaurante e bar com vista panorâmica, loja de lembranças, espaço para eventos, além da nova sede administrativa do parque. — Essas novas restrições não permitem um atendimento adequado ao público. São reduções drásticas que comprometem todo o projeto, que foi objeto de um concurso internacional do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB). Não vai ficar pronto para a Copa, e pelo visto, nem mesmo para as Olimpíadas. Essa decisão simplesmente inviabiliza tudo — lamentou Viveiros de Castro. O processo de modernização do antigo Hotel Paineiras — abandonado há quase três décadas — tem sido marcado pela polêmica. A área é tombada desde 1967. Nenhuma empresa se interessou pelo primeiro edital, lançado em março de 2010 pelo Ministério do Meio Ambiente. Houve remodelação, e o projeto foi escolhido em concurso público e aprovado pelo Iphan. A disputa foi vencida pelo arquiteto Guilherme Motta, do escritório paulista Estúdio América, venceu a disputa. As obras começaram em julho. A derrubada de parte das 232 árvores previstas causou controvérsia. O consórcio se comprometeu-se a plantar outras 336.

Rodoviária provisória em São Cristóvão não será mais erguida

Prefeitura monta esquema especial de trânsito na área da Novo Rio

Duas semanas após anunciar a instalação de um terminal rodoviário provisório em São Cristóvão — com o objetivo desafogar a Rodoviária Novo Rio —, o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osorio, engrenou marcha a ré no projeto. Sob o argumento de que não há tempo suficiente para preparar as instalações para atender os passageiros às vésperas do Natal, a secretaria montou um esquema especial para tentar reduzir o impacto no trânsito da Zona Portuária.

Entre as principais medidas previstas para serem colocadas em prática a partir desta sexta, está a suspensão da faixa reversível na Avenida Rodrigues Alves. Também foi decidido que os coletivos que estiverem à espera de vaga na Novo Rio vão parar em trechos da Rodrigues Alves e da Avenida Pedro II.

As medidas foram decididas nesta quinta à tarde, em reunião com operadores da rodoviária, da Companhia de Desenvolvimento Rodoviário e Terminais do Estado do Rio de Janeiro (Coderte) e da Secretaria estadual de Transportes.

Em novembro, depois de uma grande confusão no trânsito causada, no feriado da Proclamação da República, pela fila de ônibus à espera de vaga na rodoviária, a prefeitura anunciou a construção do terminal provisório em São Cristóvão, próximo à Quinta da Boa Vista. O consórcio Novo Rio, segundo o município, alegou, no entanto, falta de tempo hábil para a montagem das estruturas provisórias.

A prefeitura afirma, em nota, ter alertado a direção da Novo Rio, o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio (Detro) e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) que não permitirá que ônibus parem fora do esquema decidido.

Além de suspender a faixa reversível na Avenida Rodrigues Alves, hoje e nos dias 23, 24, 25, 27, 30, 31 de dezembro e 1º de janeiro, o município vai permitir que o terreno onde seria erguido o terminal provisório seja usado como estacionamento de ônibus.