Rossi lança menos em 2013 do que esperava

Chiara Quintão

Os lançamentos da Rossi Residencial estão abaixo do que a companhia esperava para 2013, segundo o diretor-superintendente da companhia, Leonardo Diniz. Até o momento, a incorporadora lançou pouco mais de R$ 900 milhões no ano, e Diniz preferiu não afirmar se outros projetos serão apresentados ao mercado ainda em 2013.

“O volume menor de lançamentos é decorrente de o caixa não ter vindo como gostaríamos”, disse Diniz. A Rossi tem capacidade para lançamentos anuais de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões, mas não há metas externa nem interna do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado.

De janeiro a setembro, a Rossi havia lançado R$ 590 milhões, 66% a menos que no mesmo período de 2012. No quarto trimestre, conforme Diniz, a velocidade de comercialização medida pelo indicador VSO (vendas sobre oferta) foi próxima à do terceiro trimestre.

O cenário do quarto trimestre é “desafiador” para as vendas e “morno como a economia brasileira”, de acordo com o diretor-superintendente da Rossi.

A companhia tem focado as atenções em geração de caixa e contabilidade. “Acreditamos que geração de caixa vai acontecer em breve, reduzindo o endividamento”, afirmou o executivo. Excluindo os juros, a incorporadora já gera caixa nas operações. A Rossi estima encerrar o ano alcançando o teto da meta de alavancagem, de 105% a 115% de sua dívida líquida sobre o patrimônio líquido.

Do fim de 2012 até o encerramento do terceiro trimestre, a empresa vendeu R$ 169 milhões em terrenos considerados não estratégicos. O potencial de terrenos que ainda podem ser comercializados é de R$ 100 milhões. A Rossi poderá também vender participações em projetos.

A companhia está desmobilizando sua empresa de propriedades comerciais, a Rossi Commercial Properties. A incorporadora já havia comercializado um ativo de shopping center e colocou à venda os outros dois que possui no segmento: um em Curitiba e outro em Porto Alegre. A Rossi projeta arrecadar de R$ 80 milhões a R$ 100 milhões com a venda dos dois shoppings de vizinhança, localizados junto a empreendimentos residenciais.

A intenção da companhia é locar as lojas desses dois ativos, para então comercializá-los. A expectativa da Rossi é concluir a operação de venda no primeiro semestre de 2014.

Segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da Rossi, Rodrigo Medeiros, a empresa continuará a monitorar mais possibilidades de conceder descontos na venda de estoques de imóveis “na linha de priorizar a geração de caixa”. “Os descontos tiveram impacto na margem do terceiro trimestre. Ainda haveria espaço para sermos mais agressivos”, disse Medeiros.

Origem: Valor Econômico, 18/12/2013

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