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Aluguel comercial pode ficar mais barato em 2014

Algumas cidades registram alta em lojas de shopping, caso de São Paulo, Florianópolis e Recife

O custo dos aluguéis em pontos comerciais tende a cair nas principais cidades brasileiras em 2014. Pelo menos é o que projeta a mais recente pesquisa Market feita de setembro a novembro de 2013 pela BG&H Real Estate, empresa que atua na busca de pontos comerciais para redes de varejo e franquias. O estudo foi feito em parceria com a divisão de Inteligência de Mercado da GS&MD – Gouvêa de Souza e consiste no levantamento e aná lise dos valores dos alugueis, luvas e condomínios, em ruas e shopping centers nas principais cidades do país.

Entre as lojas de rua, o valor médio do metro quadrado no Rio de Janeiro foi identificado em     R$ 103. Já em Brasília, vale R$ 102.

De acordo com os responsáveis pela pesquisa, no Brasil, a queda entre 8% e 10% no preço médio dos alugueis nas grandes ruas de comércio reflete o atual momento da economia. E mostra que o varejo está bem mais cuidadoso em seus investimentos futuros, questionando ainda se a alta contínua dos preços dos imóveis nos últimos anos chegou ao fim.

O valor do aluguel por metro quadrado em shoppings centers também apresentou variações. As altas mais expressivas se deram em Florianópolis (44%), Fortaleza (28%), São Paulo e Recife (ambos com 17%). Nos empreendimentos já consolidados, informa a pesquisa, existe fila de interessados e nos shoppings mais novos há o problema de excesso de vagas.

“Rio de Janeiro e São Paulo apresentam valores de aluguel por metro quadrado acima da média nacional, devido à importância econômica dessas cidades”, diz Marcos Hirai, sócio-diretor da BG&H. “No nordeste, Fortaleza detém os pontos comer ciais com preços mais acessíveis, o que pode abrir boas oportunidades de negócios”, conclui Hirai.

Nissan anuncia fábrica de motores em Resende

Investimento será de R$ 140 milhões e vai gerar 200 empregos diretos, diz Carlos Ghosn, diretor executivo mundial do grupo Renault Nissan

Henrique Gomes Batista

Enviado especial

Mais investimentos. Diretor executivo da Nissan, Carlos Ghosn, anuncia construção de nova fábrica em Resende Guito Moreto

 

O diretor executivo do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, anunciou nesta segunda-feira a construção de uma fábrica de motores no complexo que a montadora constrói em Resende, no Sul Fluminense. A nova fábrica vai demandar investimentos de R$ 140 milhões e gerar 200 empregos diretos e ficará pronta ainda em 2014. Ghosn explicou que este valor já faz parte dos investimentos totais de R$ 2,6 bilhões que a montadora faz no interior do Rio. A planta de Resende terá capacidade de produzir 200 mil veículos por ano. Antes deste anúncio, a previsão era que os motores que abastecerão os automóveis a serem fabricados no Rio viriam, principalmente, do Paraná e do México.

– Temos a meta de levar a Nissan a 2016 com 5% do mercado brasileiro. Já terminamos 2013 com 2% – disse Ghosn em um dos prédios da futura fábrica, às margens da Via Dutra, lembrando que, no total, o grupo Nissan-Renault já tem 9% do mercado brasileiro e que a meta de atingir 10% deve ser obtida em 2015. – Assim, nossa meta será de 15% do mercado nacional, com a Nissan com 5% e a Renault liderando. Teremos uma fatia aqui maior que a do grupo no mundo, onde temos 10% do mercado global.

Segundo o executivo, a nova fábrica produzirá motores 1.6 de 16 V (válvulas). Já os carros que serão montados na unidade com motorização 1.0 terão seus motores fabricados na planta da Renault, no Paraná. Ghosn disse que ainda no primeiro semestre deste ano a fábrica de Resende vai iniciar a produção com dois modelos: March e Versa. No total, o complexo em Resende empregará duas mil pessoas – atualmente já trabalham no local 1.500 funcionários. Ele negou que a empresa esteja planejando a fabricação de um terceiro modelo para essa unidade.

– Espero que no futuro possamos anunciar um terceiro modelo para esta fábrica. Vai significar que estamos expandindo – disse o executivo, lembrando que outros modelos da companhia, como a pick-up Frontier e a Livina, continuarão sendo produzidos na fábrica paranaense da Renault.

Cautela com carro elétrico no Brasil

Ghosn minimizou o impacto da queda das vendas de automóveis no Brasil no ano passado – a primeira redução em uma década – e disse que, se tivesse de tomar a decisão agora, manteria o plano da fábrica de R$ 2,6 bilhões em Resende. Ele disse que o Brasil já é o segundo maior mercado da Renault e deverá estar entre os cinco maiores do grupo em breve. O executivo também afirmou que a empresa nunca previu alto crescimento brasileiro todos os anos e que o investimento é tomando em um horizonte de 20 anos:

– Sempre que há uma queda de mercado, há uma preocupação, isso é normal, mas nossa conclusão é que se trata de algo provisório. Acreditamos no Brasil e esperamos que 2014 seja melhor que o ano passado – disse ele, afirmando que a parcela de brasileiros que têm automóveis ainda é muito baixa.

Sobre os acordos da empresa com o governo do Rio na elaboração de carros elétricos – os primeiros 15 táxis com este tipo de combustível que circulam na cidade, ainda de forma experimental, são da marca japonesa – Ghosn não se mostrou otimista. Ele afirmou que não há decisão política do país em atuar fortemente neste setor, que fará parte do futuro da indústria automobilística mundial. Ele lembrou que o Brasil tem grande potencial, por ter mais de 70% de sua energia elétrica de origem hidráulica sem a emissão de gás carbônico, mas que o país está longe de nações como os Estados Unidos, onde a Nissan já vende três mil veículos elétricos por mês.

BNDES muda padrão de construção no centro do Rio

Prédio anexo à sede do banco de fomento deve ficar pronto em 2019 e terá investimento de 234 milhões

Depois de quatro anos de planeja mento, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) construirá um prédio anexo à sua sede na Avenida República do Chile, no Centro do Rio. Com estimativa de 14 andares, sendo nove acima do solo, o projeto do novo edifício só foi aprovado após uma transformação nas regras urbanísticas do Corredor Cultural do Centro. Após três anos de debates na Câmara dos Vereadores, o prefeito Eduardo Paes sancionou uma lei que permite a construção do anexo na Rua República do Paraguai, com 42 metros de altura. Antes o gabarito era de 12,5 metros, o equivalente a quatro andares, O custo da obra é estimado em R$ 234 milhões.

Em contrapartida, o banco pagará mais R$ 50 milhões à Prefeitura, a serem destinados em investi mentos culturais e melhorias estruturais da área central da cidade. “Não vamos simplesmente colocar esse dinheiro no cofre da prefeitura. Essa quantia terá que ser gasta dentro dos padrões de votação do banco, com melhorias para a cidade”, explica Carlos Roberto Haude, superintendente da Área de Administração do BNDES.

Parte do terreno que será usado é do banco de fomento e outra da Fraternidade Franciscana Secular. A instituição religiosa receberá RS 34,6 milhões, dividido uma parte em mensalidades trimestrais até o final das obras e, o restante, em 5,3%i de participação no edifício pronto. Quando finalizado, o banco ainda pagará um aluguel sobre esse percentual. “Nossa decisão foi estratégica. Não vendemos o terreno e, sim, investimos em uma renda fixa, que sustentará as obras sociais que promovemos. Estamos pensando no futuro”, afirma Carlos Alberto Pinheiro, engenheiro civil e administrador da Igreja São Francisco da Penitência da Fraternidade Franciscana Secular.

Um dos questionamentos à construção do anexo era a chance de haver prejuízo à vista da Igreja de São Francisco da Penitência. De acordo com o Carlos Roberto, o banco já tem o aval do Instituto do Patrimônio Histórico da Prefeitura do Rio. “Não haverá interferência visual”, garante ele.

A construção do prédio anexo é uma alternativa para suprir a necessidade de espaço físico do órgão. Hoje, o banco aluga 18 andares no edifício Ventura, ao lado da sede, o que significa um custo mensal de R$ 6 milhões. Segundo o superintendente do BN DES, houve um aumento de 60% no corpo de funcionários da instituição. Em 2002, o banco contava com 1.800 empregados, hoje são 2.800. “Tivemos um aumento grande no número de colabora dores, o que representou também um ganho de produtividade equivalente a400%”, explica.

Previsto para ser concluído em 2019, o projeto arquitetônico será decidido através de um edital a ser publicado em fevereiro. O sistema é o mesmo utilizado para construção do prédio sede, em 1982. No local, o BNDES pretende instalar uma biblioteca, um centro de estudos e novos escritórios. Em parceria com os franciscanos, que investirão material cultural na biblioteca, o banco de fomento, beneficia do pela Lei Rouanet, também continuará apoiando financeiramente a restauração do convento.

BNDES construirá prédio anexo ao edifício-sede

Com a obra, orçada em R$ 284 milhões e com conclusão prevista para 2019, banco economizará R$ 6 milhões mensais com o aluguel de salas em um edifício próximo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai construir um prédio anexo à sua sede na Avenida Chile, no Centro do Rio. De acordo com o superintendente da Área de Administração do banco, Carlos Roberto Haude, a construção do anexo é resultado do aumento das atividades do banco e da ampliação de suas áreas de atuação. Segundo ele, há cerca de quatro anos a equipe técnica da instituição vem trabalhando no projeto. A obra tem custo total estimado em R$ 284 milhões e deverá ser iniciada no fim de 2016, com conclusão prevista para 2019.

Em 2002, o banco tinha 1,8 mil empregados e desembolsos de R$ 45 bilhões. No ano passado, os funcionários somavam 2,8 mil, entre próprios e terceirizados, do total de 2,814 mil autorizados pelo Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Dest), e os desembolsos atingiram R$ 190 bilhões. “Aumentamos quantitativamente o pessoal em 60% e os desembolsos do banco em 400%”, disse Haude. O superintende assegurou que a construção do prédio significará vantagens econômico-financeiras para o BNDES que, atualmente, gasta R$ 6 milhões mensais com o aluguel de salas em 18 andares do Edifício Ventura, situado na Avenida Chile, próximo à sede. Haude destacou que foi considerado também no projeto o valor de mercado do anexo, que seria incorporado ao patrimônio da instituição.

Cálculos preliminares indicam que esse valor poderia alcançar hoje R$ 544 milhões. No próximo dia 27, o BNDES promoverá audiência pública sobre a construção do anexo, que ficará localizado em área próxima ao complexo do Morro Santo Antonio, no centro do Rio de Janeiro, entre a Avenida República do Paraguai e o Largo da Carioca, e contígua à sede do banco. Com total de 3.866,62 metros quadrados, o terreno pertence 38% à Fraternidade Franciscana Secular de São Francisco da Penitência, formada por leigos católicos, e 62% ao banco.

“Não haverá interferência do novo prédio com o complexo do Morro de Santo Antonio”,

disse Haude. Estudos geotécnicos confirmaram que a construção não oferecerá riscos para o Convento de Santo Antonio, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1938. O anexo será interligado à sede, vai aproveitar vazios urbanos da área central da cidade e viabilizará a criação de uma área, que está sendo chamada de Caminho de São Francisco. Ela facilitará o acesso regular das pessoas ao Convento de Santo Antonio e aos oito templos que integram o complexo, a partir da Avenida República do Paraguai. A obra permitirá ao BNDES concentrar em um  único endereço todos os empregados que trabalham no Rio.

Gabarito

Em maio de 2013, a Câmara de Vereadores aprovou projeto de lei permitindo  edificação no local com 42 metros acima do nível do mar, alterando, assim, o gabarito anterior de 12,5 metros. Isso fará com que o prédio anexo não ultrapasse a cimeira da Igreja de São Francisco, que faz parte do complexo do Morro de Santo Antonio. Haude esclareceu que como o meio fio está a cerca de nove metros do nível do mar, o anexo poderá ter nove andares superiores e mais cinco andares de subsolo, onde funcionarão a infraestrutura do edifício e as garagens.

Pela mudança do gabarito, o BNDES pagará em contrapartida à Prefeitura do Rio R$ 50 milhões. Esses recursos, não reembolsáveis, serão aplicados na manutenção de equipamentos públicos e em projetos culturais, que deverão ser aprovados e ter sua execução acompanhada por um grupo de prédios da região, de forma colegiada, informou Haude. No custo estimado de R$ 284 milhões está incluída a contrapartida que será paga à prefeitura.

Em fevereiro, o banco lançará concurso nacional a fim de escolher projeto arquitetônico para o anexo. A ideia, disse o superintendente, é promover a arquitetura

de qualidade no País, além de fomentar a indústria da construção civil. “O concurso vai revelar novos talentos e novas tecnologias”, declarou Haude.

O projeto terá de atender a princípios de sustentabilidade, com tratamento paisagístico integrado com os jardins de Burle Marx no edifício-sede. Pelo terreno da Fraternidade Franciscana, orçado após duas avaliações à média de R$ 34,611 milhões, o BNDES pagará parte desse valor em 24 parcelas trimestrais de R$ 206 mil durante 72 meses. Como pagamento restante, a Fraternidade terá 5,46% do anexo. O administrador da Igreja de São Francisco da Penitência, Carlos Pinheiro, informou que a Fraternidade receberá do banco um aluguel mensal necessário à sustentação das obras do  complexo. O contrato firmado com o banco tem vigência de 30 anos, prevendo-se renovação.

Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo em 2014

Arquitetos e urbanistas de todo o Brasil terão um novo espaço para debater os rumos da profissão a partir deste ano. Em abril, o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU/BR) e os Conselhos dos Estados e do Distrito Federal (CAU/UF) realizam a I Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo, na cidade de Fortaleza.

A Conferência é um evento oficial do CAU, criado para permitir aos profissionais participarem das discussões sobre as normas que orientam a profissão, políticas públicas e temas de interesse da Arquitetura e do Urbanismo. No evento, todos os arquitetos e urbanistas inscritos terão direito a voz e voto nas discussões – que contarão também com expositores, convidados e representantes das principais organizações da área no Brasil.

As conclusões construídas durante a Conferência Nacional de Arquitetura e Urbanismo serão adotadas pelo CAU/BR e pelos CAU/UF como recomendações. Ou seja, trata-se de efetivamente levar a opinião dos arquitetos e urbanistas brasileiros para a pauta dos conselhos.

Para estimular a participação do maior número profissionais, a Conferência será realizada nos mesmos dias e local (porém, em horários diferentes) do XX Congresso Brasileiro de Arquitetos: no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, entre os dias 22 e 25 de abril de 2014. Com capacidade para 30.000 pessoas, o Centro é um dos maiores espaços da América Latina.

Serão dois grandes eventos nacionais da Arquitetura e Urbanismo, os maiores após a criação da Lei 12.378/2010, que regula o exercício da profissão. Uma ótima oportunidade para arquitetos e urbanistas traçarem novos rumos para a construção das cidades brasileiras, com democracia e sustentabilidade.

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