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O plano de Hamburgo para eliminar o uso do automóvel nos próximos 20 anos

 

Cerca de 40% da área de Hamburgo, a segunda maior cidade da Alemanha, é coberta com áreas verdes, como cemitérios, centros esportivos, jardins, parques e praças. Para uni-los em conjunto com passeios e ciclovias, a cidade lançou o plano Rede Verde, que tem como objetivo eliminar a necessidade de automóveis para o deslocamento das pessoas nos próximos 20 anos.

Pela localização dos espaços verdes na cidade, o projeto seria o primeiro a conectar essas áreas que não estão no centro da cidade e que, segundo Angelika Fritsch, ajudaria na “criação de um sistema integrado.”

Mais detalhes a seguir.

Hamburgo tem dois grandes núcleos verdes, um ao norte e outro ao sul. A união destes facilitará o acesso dos moradores à natureza, que também faz parte da cidade, mas é afastada. Também garantirá que as pessoas atravessem de um ponto ao outro de forma sustentável através de uma nova rede de ciclovias.

 

 

Como há certos lugares de Hamburgo onde deverão ser construídos espaços verdes, a cidade terá novos locais para ajudar na absorção de CO2 e para regular a temperatura, que aumentou cerca de 9ºC nos últimos 60 anos. Também será de grande ajuda para conter as enchentes, pois estima-se que no mesmo período de tempo, o nível do mar subiu 20 centímetros e deverá subir mais 30 centímetros até 2100.

Para garantir que a criação do plano também seja de forma integrada, estão trabalhando com uma equipe central e com uma pessoa em cada um dos sete municípios da região metropolitana.

 

A visitação destes espaços poderá ser feita a pé ou de bicicleta, explica Fritsch, e as pessoas não terão a necessidade utilizar carros nestes lugares. Antes só havia esta opção de transporte.

Com esta rede, Hamburgo seguirá uma tendência que pode ser vista em Copenhague, onde nos últimos tempos têm sido construídas ciclovias ligando áreas periféricas da cidade. Como diz Fritsch, o plano também tem como objetivo de que “o campo esteja na cidade (…) e que as pessoas tenham a oportunidade de caminhar, nadar, praticar esportes aquáticos, desfrutar de um piquenique e ver a natureza na própria cidade”.

 

O verdadeiro legado da Copa

Dos gastos bilionários de recursos públicos para a realização da Copa do Mundo restarão para a população contas a acertar, monumentos à gastança sem utilidade pública e algumas obras que poderão melhorar sua vida.

Para justificar esses gastos, as autoridades federais sempre invocaram o chamado legado da Copa, especialmente o que decorreria das obras de mobilidade urbana planejadas para facilitar o acesso aos estádios e que posteriormente beneficiariam toda a população. O legado será bem menor do que o anunciado, o custo dos estádios será bem maior do que o previsto e o País terá perdido uma oportunidade para investir com mais racionalidade e critério em áreas essenciais para a vida da população.

De 2010 a 2013, o governo federal repassou para os Estados onde haverá jogos da Copa muito mais dinheiro para a construção de estádios do que, por exemplo, para melhorar a educação. Os cerca de R$ 7 bilhões gastos na construção dos estádios teriam sido muito mais úteis para a população se tivessem sido aplicados em escolas, em obras na área de saúde pública ou mesmo em estradas, portos, ferrovias, por exemplo.

Da matriz de responsabilidade – criada em 2010 para que a população se convencesse da necessidade das obras de infraestrutura nas 12 cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo e pudesse acompanhar seu andamento – foram excluídos muitos projetos viários e de transporte urbano de massa, justamente os que mais ajudariam a melhorar as condições de vida nessas cidades. Brasília, por exemplo, não ganhou um sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) para o transporte de passageiros. Das obras que foram mantidas, a grande maioria estava com sua execução atrasada no fim do ano passado.

Já os estádios, todos foram contratados, foram ou estão sendo concluídos a tempo, mas sempre a um custo maior do que o previsto. Deles, boa parte não terá praticamente nenhum uso depois de encerrada a Copa. Mas sua manutenção, cara, continuará impondo custos aos contribuintes.

Com base em dados da Controladoria-Geral da União, a Agência Pública – organização que investiga questões que considera de interesse público – constatou que, desde 2010, quando foi anunciada a matriz de responsabilidade da Copa, 9 das 12 cidades-sede receberam mais financiamentos federais para a construção de estádios do que repasses da União para educação.

As exceções são Brasília (o governo do Distrito Federal arcou sozinho com as obras do Estádio Mané Garrinha, que custaram R$ 1,2 bilhão), Rio de Janeiro (o governo fluminense se responsabilizou pela reforma do Maracanã) e São Paulo (o Itaquerão está sendo construído pela iniciativa privada, com financiamento de R$ 400 milhões do BNDES).

Enquanto as obras dos estádios exigirão investimentos ou financiamentos públicos de R$ 7,5 bilhões, os investimentos públicos em obras que comporão o legado da Copa (mobilidade urbana, aeroportos e portos) estão estimados em R$ 6,5 bilhões.

A concentração de recursos financeiros e técnicos – para o planejamento e acompanhamento das obras – nos estádios certamente reduziu a disponibilidade desses recursos para outras áreas, que exigem maior atenção do poder público. No caso do governo federal, sua conhecida dificuldade para executar planos e programas, que anuncia com grande facilidade, tornou-se ainda mais aguda com o acúmulo de responsabilidades assumidas para a realização da Copa do Mundo.

Em algumas das cidades-sede, como São Paulo e Rio de Janeiro, a Copa poderá resultar em agravamento temporário de problemas crônicos, como os congestionamentos, mas, encerrada a competição, dificilmente elas terão alguma compensação ou direito a algum legado. Suas carências continuarão as mesmas, se não tiverem piorado.

Tinham razão os que saíram às ruas no ano passado para protestar contra os gastos com a Copa do Mundo e exigir das autoridades o uso mais responsável do dinheiro público, sobretudo para a melhoria em áreas essenciais para o País, como educação, saúde e segurança.

Expectativa de crescimento para o comércio em Niterói

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Fabiano Gonçalves, estrelas de 2014 serão novamente os serviços de hotelaria, gastronomia e entretenimento

Para secretário, indústria de construção e os serviços de reparos navais também estarão em alta no ano que vem. Foto: Arquivo / Alessandro Guimarães

O secretário de Desenvolvimento Econômico de Niterói e presidente da Câmara dos Dirigentes e Lojistas de Niterói (CDL), Fabiano Gonçalves, analisa os avanços do Município ao longo de 2013 e fala sobre as expectativas para o próximo ano. Segundo ele, houve crescimento efetivo na cidade, que certamente influenciará no aumento do seu PIB, principalmente pelo início da criação e construção de novas plantas industriais e novos pontos de vendas.

As estrelas de 2014 serão novamente os serviços de hotelaria, gastronomia e entretenimento. Além disso, a indústria de construção e os serviços de reparos navais também melhoram, avalia o secretário. “Como sabemos, o pré-sal já é uma realidade. Para ele entrar em atividade, há toda uma preparação que exige a demanda de serviços focando o início das operações. No Turismo, Niterói será beneficiada por ser uma cidade muito próxima da capital e principalmente devido aos esportes. Em janeiro, na Semana Brasileira de Vela, Niterói vai sediar o campeonato mundial de vela, atraindo atletas e seus familiares de todas as partes do mundo”, acredita.

Ele revela ainda quais foram os setores que se ampliaram e os que tiveram queda. “O varejo em geral, a construção naval, o entretenimento e os serviços de hotelaria cresceram, mas o setor gráfico teve queda”, explica o secretário.

O levantamento do anuário Finanças dos Municípios Fluminenses lançado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico no dia 10 de dezembro também mostra avanço nas finanças de Niterói em 2012. De acordo com a revista, a cidade foi diretamente influenciada pelo aumento da receita tributária e dos repasses dos royalties e participações especiais do petróleo que, juntos, responderam por mais de três quartos do aumento da receita total do Município. Em 2013, para continuar a contribuir com as melhorias do Município, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Seden) promoveu uma série de medidas ao longo do ano, conforme enumerou o presidente da CDL. “A própria formatação da Seden, a geração do diagnóstico econômico do Município, a implementação da Lei Geral das Mais, a abertura da Rua Visconde de Uruguai e a participação ativa na elaboração do projeto de revitalização do Centro cooperaram com os bons resultados da cidade”, afirma.

O aumento da criação de postos de trabalho aquece a economia local neste ano e no próximo, como comenta Fabiano Gonçalves.“O estaleiro Brasas precisou criar cerca de 2 mil postos de trabalho para a montagem de módulos de plataformas. O Plaza Shopping, por conta da sua expansão, gerou mais cerca de 500 vagas entre diretos e indiretos. E o próprio Porto de Niterói gerou muitos empregos em 2013 e vai gerar outros tantos. É certo que mais de mil trabalhos surgirão com a chegada de uma nova base de operação chamada DIC de reparo”, constata.

Para Fabiano, em 2014, a cidade dará um salto econômico sustentada pela Copa do Mundo e o Turismo proveniente do evento. As obras da TransOceânica e a revitalização do Centro da Cidade também impulsionarão o crescimento. “Tal como foi a Jornada Mundial da Juventude a Copa do Mundo traz um incremento de recursos para cidade. O Turismo também permite a chegada de novos restaurantes, por exemplo. Muitos vão frequentar as nossas lojas. Acrescenta-se a necessidade de guias turísticos, mais transporte, táxis e toda a estrutura para receber um fluxo maior de pessoas”, analisa.

Ainda conforme o secretário, a expectativa é boa quanto às contratações de funcionários que fizeram serviços temporários nos meses de novembro, dezembro e janeiro. Só no fim do ano foram ofertadas 2 mil vagas abertas para os empregos provisórios.

“Com o fluxo resultante destes serviços temporários é que se aumenta a oferta de trabalho, porque nem todos são demitidos. Cerca 30 a 35% conseguem ser efetivados depois de janeiro. A Secretaria de Desenvolvimento Econômico tem realizado Rodadas de Emprego, na sua sede, na Rua Visconde de Sepetiba, 987/10º andar. Centro – Niterói, onde jovens são orientados por psicólogos e se candidatam às ofertas de trabalho do seu interesse. Neste ano, já foram realizadas duas rodadas de emprego. E a terceira será realizada em fevereiro de 2014”, adianta.

Terra Encantada

Terreno é vendido

Depois de anos fechado, o terreno do antigo parque “Terra Encantada”, na Barra, foi compra do pela CyreLa BraziL Realty em parceria com a Queiroz Galvão Empreendimentos Imobiliários. A ideia é aproveitar a área de cerca de 150 mil metros quadra dos para a construção de um empreendimento mixed-use, que reúne lazer, trabalho e moradia, a ser lançado em 2015.

Mega projeto no Recreio

O Recreio dos Bandeirantes está se consolidando como um dos bairros que mais recebe investimentos imobiliárias. Já para o início de 2014, um megaprojeto promete agitar a região. O Reserva Américas City Life ocupará uma área de 1,4 milhão de metros quadrados e vai reunir empreendimentos residenciais, comerciais e até um shopping.

Eric Labes, diretor da Labes Melo, uma das 15 incorporadoras participantes do projeto, conta que o objetivo é fazer uma ocupação organizada, a exemplo de outros sub-bairros do Recreio e da Barra da Tijuca. “A ideia é oferecer tudo em um mesmo local, com serviços e opções de lazer, trazendo muita qualidade de vida e praticidade para os moradores”, afirma Labes. Calper, Calçada, Even e João Fortes também participam.

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