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Certificação Breeam ganha novos parâmetros

Certificado. O Estádio Olímpico de Londres, uma das 250 mil edificações com o selo Breeam no mundo Ivo Gonzalez/ 23-07-2012

 

 

Selo inglês de sustentabilidade fica mais barato e fácil de aplicar

Presente em mais de 50 países, a certificação inglesa Breeam ainda não decolou no país. São apenas duas as construções — ambas no Rio — que possuem o selo: o movimento Terras, condomínio de casas sustentáveis que vem sendo erguido em Petrópolis há cerca de dois anos; e o BN DES, que conquistou no ano passado o RIU (Breeam in use, na sigla em inglês), versão da certificação para prédios existentes. O motivo é simples: além de ainda pouco conhecido, o selo não tinha padrões específicos para o país.

Com isso, a cada nova construção, era preciso fazer uma avaliação prévia do local, levando em consideração questões climáticas e de ventilação, por exemplo, para que se analisassem as adaptações necessárias que permitiriam a certificação. E somente essa avaliação custava em média R$ 16 mil, que o proprietário deveria pagar mesmo sem ter ideia da pontuação que poderia fazer — já que isso seria definido justa mente pela avaliação. Agora, uma mu dança no manual global da certificação promete tornar mais fácil, e barata, a aplicação do selo no país.

SEIS ZONAS CLIMÁTICAS NO BRASIL

Sem a taxa de avaliação, os custos agora se resumem às taxas cobradas para a certificação, que giram em torno dos R$ 8 mil, além da consultoria. O serviço é necessário pois dá orientação sobre as melhores práticas, além de ajudar a conseguir a documentação exigida para a certificação. O preço, contudo, é salgado: a partir de R$ 30 mil.

Antes, era necessário estudar cada caso. Agora, eles dividiram o mundo eia zonas climáticas e definiram parâmetros específicos para cada uma delas. Assim, fica mais fácil saber que critérios utiliza, em cada cidade conta a arquiteta Viviane Cunha, especialista em sustentabilidade e avaliadora da certificação no país.

Essas zonas levam em consideração não só o clima no país (tropical, temperado, árido), mas também a quantidade de chuvas e as temperaturas médias. Só no Brasil, por exemplo, são seis zonas climáticas diferentes. E isso inclui ainda questões como a ventilação cruzada, por exemplo, que vai ter taxas variadas, também de acordo com a localidade de cada projeto. Afinal, uma casa que fica no Rio Grande do Sul certa mente vai precisar levar em conta questões muito diferentes de outra no Acre.

As modificações no manual do Breeam não são exatamente uma novidade. Na verdade, são feitas revisões a cada dois anos. Mas as que foram implanta das no início deste ano facilitaram a aplicação do selo em países onde ele ainda não está muito presente e que têm características muito diferentes da Inglaterra, onde o selo nasceu.

O Breeam é o mais antigo selo de sustentabilidade. Foi criado em 1990 e, desde então, já certificou 250 mil prédios pelo mundo, entre novos e antigos. Entre eles, o Estádio Olímpico de Londres, construído para as Olimpíadas de 2012, realizadas na capital inglesa.

Outros selos que estão disponíveis no Rio

AQUA. Criada em 2008, a certificação da Fundação Vanzolini, de São Paulo, foi desenvolvida a partir do processo francês Démarche HQE e está adaptada à cultura, ao clima e às normas técnicas brasileiras.

LEED. Presente em 143 países, a certificação dada pelo Green Building Council (GBC) tem origem americana. Chegou ao Brasil em 2007 e já está em mais de 371 mil quilômetros quadrados de prédios verdes.

QUALIVERDE. Incentivo criado pela prefeitura do Rio no ano passado, é o único sem custos. Não chega a ser certificação, pois só leva em conta a economia de água e luz, usada para dar descontos em impostos municipais como IPTU e ITBI.

No setor de imóveis será difícil um ano como 2013

O Estado de S. Paulo

Em contraste com o comportamento inexpressivo da economia brasileira em 2013, tanto os lançamentos de imóveis novos como a comercialização apresentaram, no ano passado, números exuberantes – crescimento, respectivamente, de 16,4% e de 23,6%, em comparação com 2012. É o que diz o balanço do setor imobiliário do Município e das cidades da região metropolitana de São Paulo.

Há duas explicações para a expansão do mercado: a primeira é a base de comparação, pois 2012 foi um ano fraco para o setor de imóveis, às voltas com problemas que iam desde a entrega das unidades, atrasadas em razão da escassez de mão de obra qualificada, até a superestimada capacidade de produção de algumas grandes empresas. A segunda foi a conclusão de obras postas à venda em 2013. Empresas capitalizadas, que puderam esperar para colocar as unidades no mercado, buscaram beneficiar-se das altas de preços adiando as vendas.

O aspecto mais negativo foi mencionado pelo presidente do sindicato da habitação (Secovi), Cláudio Bernardes: a evolução nominal dos preços dos imóveis foi da ordem de 20%, em 2013, enquanto a alta real, descontada a inflação, foi estimada pelos técnicos da entidade em 10,7%, em média. Essa alta de preços limita a expansão do mercado imobiliário – e é provável que ela se repita, neste ano.

A principal evidência das limitações do poder aquisitivo dos compradores está na dimensão das unidades: dobraram, em um ano, as vendas de apartamentos de um dormitório, de 4,2 mil para quase 8,4 mil. E esses apartamentos alcançaram uma participação de 25% nas vendas totais, em relação aos 15% registrados no ano anterior.

A projeção para o mercado imobiliário, em 2014, é de estabilidade, ou seja, de preservação de um ritmo apenas satisfatório de atividade. Não é o que o setor aprecia, mas poderá ser inevitável.

Não é que faltem recursos para financiar produtores e mutuários, pois as cadernetas continuam a bater recordes de captação. Os inimigos do mercado são a inflação, que reduz o poder de compra dos salários, a dificuldade de achar áreas edificáveis, em especial nos grandes centros, e as incertezas no plano macroeconômico.

Essas incertezas afetam tanto construtores, que hesitam em lançar empreendimentos, como mutuários, que temem pela instabilidade das empresas onde trabalham ou prestam serviços.

Dialogo sobre Contratação de Profissionais Estrangeiros

Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República esclarece, em carta enviada ao Clube de Engenharia, que não há planos para programas de incentivo à vinda de engenheiros estrangeiros para o Brasil.

Clube de Engenharia

O Clube de Engenharia recebeu, dia 5 de fevereiro, carta do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Côrtes Neri, em resposta ao documento enviado pelo Clube no dia 29 de janeiro. O motivo da comunicação do Clube de Engenharia foram declarações do ministro em defesa da vinda de engenheiros estrangeiros para o Brasil com o objetivo de solucionar uma suposta falta de mão de obra qualificada. O Clube evidenciou a importância da defesa do mercado de trabalho dos engenheiros brasileiros e das empresas de engenharia no Brasil, não fechando as portas à inteligência dos engenheiros de outros países, mas cobrando uma estratégia inteligente. O documento aprovado pelo Conselho Diretor apontou, ainda, que os profissionais estrangeiros conhecem e trabalham com fornecedores também de fora e alertou: “Se queremos fortalecer a indústria e o emprego industrial, devemos manter as empresas nacionais de serviços relacionados com a engenharia e seus profissionais”.

O ministro Marcelo Côrtes Neri destaca em sua carta que para a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República é claro que o caso dos engenheiros é diferente do dos médicos e que não pretende replicar o programa Mais Médicos para as engenharias. “Como temos afirmado, enquanto a demanda por engenheiros pode ser concentrada nos centros mais dinâmicos de sua atividade, com a medicina é diferente: é preciso haver médicos onde quer que haja pessoas”, esclarece. O ministro informa, ainda, que não houve proposta para induzir a vinda de engenheiros estrangeiros para o Brasil, “mas sim ações horizontais para racionalizar e diminuir as excessivas barreiras à contratação de profissionais estrangeiros qualificados em geral, dificultada por resquícios de uma legislação defensiva já superada pelas enormes transformações que o Brasil e o mundo experimentaram desde a sua criação”.

Bacia de Campos atrai investimentos imobiliários de cerca de R$ 385 mi

A construtora capixaba Lorenge entrará no mercado do Rio de Janeiro neste ano com dois empreendimentos –em Macaé e em Campos dos Goytacazes– que demandarão cerca de R$ 385 milhões.

A empresa atua hoje em sete cidades do Espírito Santo. “O Estado é pequeno. Até temos como continuar crescendo nele, mas em um ritmo menor do que desejamos”, diz o presidente da companhia, José Élcio Lorenzon.

“Decidimos trabalhar outro mercado justamente porque precisamos expandir o negócio, e o Rio tem uma cultura mais próxima da nossa.”

A Bacia de Campos e os negócios petrolíferos da região também atraíram a empresa.

A construtora passará a destinar a maior parte de seus projetos para as classes A e B. Nos últimos anos, ela focou no segmento econômico.

“As classes altas são menos influenciadas pelos movimentos econômicos”, diz.

“Quando você assina um contrato com um consumidor de renda mais baixa, é comum que, depois de 30 meses, ele não consiga concluir o financiamento.” Em 2013, 15% dos clientes da empresa desistiram de negócios que já haviam sido fechados.

O projeto que será lançado em Campos será um condomínio residencial de alto padrão, no qual serão investidos cerca de R$ 70 milhões.

Em Macaé, serão R$ 315 milhões em um empreendimento com dois hotéis, dois prédios comerciais, quatro torres residenciais e um shopping com 60 lojas.

Alphaville vai privilegiar margens

Chiara Quintão

Embora haja no mercado informações de que os novos acionistas de Alphaville Urbanismo – as gestoras de privateequity Pátria Investimentos e Blackstone Real EstateAdvisor – tenham a intenção de imprimir um crescimento mais acelerado à empresa, o presidente da loteadora, Marcelo Willer, afirma que a diretriz de expansão moderada, com privilégio das margens, continua mantida. “Os novos acionistas estão completamente afinados com este caminho. A Blackstone vê valor muito mais na qualidade da margem do que no tamanho da empresa”, diz Willer.

Não há meta oficial de lançamentos para 2014, mas o patamar deve ser da ordem de 10% em relação ao R$ 1,46 bilhão realizado no ano passado. “Queremos fazer lançamentos somente onde a demanda está muito boa. Nem sempre aprovações e terrenos estão nos mesmos locais da demanda”, afirma o executivo.

No momento, Alphaville decide os detalhes do cronograma para submeter seus projetos à aprovação por parte dos órgãos reguladores. A loteadora está se empenhando para obter todas as licenças ambientais concedidas por órgãos estaduais até julho, segundo Willer, para evitar atrasos no cronograma decorrentes de este ser um ano de eleições. A empresa define também opções de projetos àqueles em que há risco de as licenças não saírem nos prazos esperados.

Dependendo do Valor Geral de Vendas (VGV) dos projetos aprovados, pode haver variação de cinco pontos percentuais para cima ou para baixo nos lançamentos em relação à estimativa preliminar de cerca de 10% de crescimento neste ano, de acordo com o executivo.

Nos três últimos meses do ano passado, a empresa lançou R$ 851,73 milhões, o correspondente a 58% do total do ano. A concentração deveu-se, segundo Willer, a prazos mais longos que os esperados para a obtenção de licenças e resultou no aumento dos estoques. Alphaville encerrou o quarto trimestre com estoques de R$ 1,26 bilhões, 19,6% superior ao do quarto trimestre.

O executivo afirma que a empresa monitora, permanentemente, seus estoques, dos quais 60% se referem a unidades em construção. Neste mês, Alphaville centrou suas atenções na venda de unidades estocadas e registrou o melhor janeiro de sua história. O primeiro lançamento de 2014 ocorrerá em fevereiro, em João Pessoa, com VGV de R$ 93 milhões.

Do total de lançamentos da empresa, cerca de 65% de projetos terá a marca Alphaville (destinada às classes A e B+) e 35%, a marca Terras Alphaville (para compradores das faixas de renda B e B-). A atuação no segmento econômico, prevista, inicialmente, para o segundo semestre do ano passado foi postergada para 2014, em função da já prevista mudança de controle de Alphaville. Conforme o presidente da loteadora, a expansão esperada para este ano não leva em conta os lançamentos econômicos.

Até agora, a desaceleração no ritmo de crescimento da economia brasileira não afetou as vendas das unidades de Alphaville, de acordo com o executivo.

Desde que os novos donos assumiram Alphaville em dezembro, começou o processo de separação do backoffice (contas a pagar e a receber, contabilidade e controladoria) da empresa dos serviços da Gafisa, que controlava a loteadora até então. O processo de montagem dessa central de serviços é liderado por Guilherme Puppi, diretor financeiro e de relações com investidores da loteadora. A empresa deu início à contratação de 100 pessoas e alugou mais um andar do prédio de grandes lajes corporativas em que está situada, na zona Sul de São Paulo. Até que a reforma do novo andar seja concluída, Alphaville pagará à Gafisa, que possui 30% da loteadora, pela prestação dos serviços de backoffice.

Futuramente, o capital de Alphaville poderá ser aberto, mas não há “nada no horizonte”, de acordo com Willer. “Os acionistas não têm pressa em desinvestir na empresa”, diz o executivo.

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