Dialogo sobre Contratação de Profissionais Estrangeiros

Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República esclarece, em carta enviada ao Clube de Engenharia, que não há planos para programas de incentivo à vinda de engenheiros estrangeiros para o Brasil.

Clube de Engenharia

O Clube de Engenharia recebeu, dia 5 de fevereiro, carta do ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Marcelo Côrtes Neri, em resposta ao documento enviado pelo Clube no dia 29 de janeiro. O motivo da comunicação do Clube de Engenharia foram declarações do ministro em defesa da vinda de engenheiros estrangeiros para o Brasil com o objetivo de solucionar uma suposta falta de mão de obra qualificada. O Clube evidenciou a importância da defesa do mercado de trabalho dos engenheiros brasileiros e das empresas de engenharia no Brasil, não fechando as portas à inteligência dos engenheiros de outros países, mas cobrando uma estratégia inteligente. O documento aprovado pelo Conselho Diretor apontou, ainda, que os profissionais estrangeiros conhecem e trabalham com fornecedores também de fora e alertou: “Se queremos fortalecer a indústria e o emprego industrial, devemos manter as empresas nacionais de serviços relacionados com a engenharia e seus profissionais”.

O ministro Marcelo Côrtes Neri destaca em sua carta que para a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República é claro que o caso dos engenheiros é diferente do dos médicos e que não pretende replicar o programa Mais Médicos para as engenharias. “Como temos afirmado, enquanto a demanda por engenheiros pode ser concentrada nos centros mais dinâmicos de sua atividade, com a medicina é diferente: é preciso haver médicos onde quer que haja pessoas”, esclarece. O ministro informa, ainda, que não houve proposta para induzir a vinda de engenheiros estrangeiros para o Brasil, “mas sim ações horizontais para racionalizar e diminuir as excessivas barreiras à contratação de profissionais estrangeiros qualificados em geral, dificultada por resquícios de uma legislação defensiva já superada pelas enormes transformações que o Brasil e o mundo experimentaram desde a sua criação”.

Origem: O Estado de S. Paulo, 11/02/2014

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