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Niterói: cidade possui metro quadrado a R$ 6,9 mil

Município ocupa a quarta posição no ranking nacional de preço da Fipe, perdendo apenas para a capital fluminense, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo

Prisca Fontes

Niterói ocupa o quarto lugar no ranking nacional de preço do metro quadrado. Com custo médio de R$ 6,9 mil, a cidade fica atrás apenas do Rio de Janeiro (R$ 9.812), Brasília (R$ 8.660) e São Paulo (R$ 7.730). As informações são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que pesquisou 16 municípios brasileiros.

O valor do metro quadrado niteroiense subiu 8,5% apenas esse ano. Na comparação com os últimos 12 meses, a alta foi de 9,4%. Só em novembro, os preços ficaram 1,4% mais caros, enquanto em outubro o índice foi de 0,5%.

Vicente Maciel Filho, diretor da construtora Fernandes Maciel revela que os bairros mais valorizados de Niterói são Icaraí (especialmente a região entre a Avenida Roberto Silveira e a Praia) e Charitas, onde o metro quadrado pode chegar a R$ 10 mil.

“São bairros onde há muita procura e poucos terrenos disponíveis. Essa situação se repete em diversos pontos da cidade: a ausência de terrenos está impactando o valor do metro quadrado porque aumenta o custo inicial do empreendimento”, esclarece.

Ele ressalta que os clientes são exigentes quanto aos padrões de acabamento, acústica, acessibilidade e estéticos, entre outros, procurando imóveis que são praticamente de luxo.

Maciel diz que, apesar da alta, as vendas continuam aquecidas, especialmente pela ampla oferta de crédito imobiliário oferecida pelos bancos.

O diretor de negócios da construtora João Fortes, Jorge Rucas, destaca que Niterói pode ser considerada a capital do interior do Rio. Ele aponta que a cidade passou pela mesma transformação que o Rio de Janeiro em relação a tamanho de mercado, seguindo as devidas proporções.

“É uma cidade com demanda reprimida e com poder de compra bastante elevado. Niterói passou por uma transformação urbana e arquitetônica que é produto de aumento real da renda, via prosperidade nos negócios, associado à juros mais baixos e financiamento farto. A cidade está no topo da lista de aumento de renda entre todos os municípios do estado”, afirma.

Para ele, entre os fatores que atraem novos moradores, estão a presença do campus da Universidade Federal Fluminense, que está ampliando sua oferta de cursos, atraindo estudantes de todo o estado; o aquecimento da indústria naval, histórico de moradia para funcionários públicos; e um forte setor de serviços.

“Todos esses elementos fazem crescer ainda mais a demanda por moradia, valorizando o metro quadrado”, explica.

Pesquisa – O coordenador do estudo, Eduardo Zylberstajn, explica que o levantamento é feito com base no preço do metro quadrado anunciado na internet. As cidades são escolhidas de acordo com sua relevância para o cenário nacional – o que explica o grande número de capitais e grandes cidades. A representatividade do maior número de regiões do País e a disponibilidade dos dados na internet também são fatores que influem no estudo.

“O valor do metro quadrado está relacionando à renda dos habitantes e sabemos que Niterói está acima da média nacional no quesito renda per capita. Por estar próxima ao Rio, a cidade acompanha o aquecimento do mercado imobiliário”, esclarece Zylberstajn.

Naum Ryfer, diretor da Pinto de Almeida, concorda e destaca que a população de Niterói teve apenas um pequeno crescimento vegetativo nos últimos cinco anos, enquanto o aumento do seu poder aquisitivo foi muito expressivo.

“O crescimento de nossa renda per capta é de tal ordem que enquanto ocupamos a 7ª posição de IDH entre mais de 5 mil cidades brasileiras, na mesma pesquisa do IBGE, ocupamos a segunda posição em renda per capta. Nossa população é muito homogênea e sem disparidade. Podemos dizer que Niterói é uma cidade basicamente de classe A, B e C. Certamente este aumento expressivo de riqueza se reflete na valorização do metro quadrado de moradias em Niterói”, conclui.

Preço subiu 1,3% em todo o País – De acordo com o índice Fipe, o preço médio anunciado para venda do metro quadrado aumentou 1,3%, em novembro, em todo o País. O índice é o mesmo de outubro.

Considerando os últimos doze meses, a alta do metro quadrado chegou a 13,8% em termos nominais. O valor também está 7,9% acima da inflação esperada para o período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Florianópolis, em Santa Catarina, e Belo Horizonte, em Minas Gerais, tiveram as maiores altas em novembro, subindo 2,3% e 2,2%, respectivamente. Os menores aumentos foram observados em Salvador, na Bahia (+0,1%), Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (+0,7%), e São Bernardo do Campo, em São Paulo (+0,7%).

O ritmo de elevação dos preços diminuiu em Belo Horizonte e Curitiba, no Paraná, com aumentos de 2,2% e 2,1% respectivamente, enquanto em outubro elas haviam sido de 3,7% e 3,5%.

Em São Paulo a variação foi de +1,3% e no Rio de Janeiro, de +1,2%.

O estudo também revela que, na cidade do Rio, os bairros mais valorizados são Leblon, com custo de R$ 21.853 por metro quadrado; Ipanema, registrando R$ 19.546; Lagoa com 16.683; Gávea com R$ 15.891 e o Jardim Botânico, com metro quadrado a R$ 15.426.

Os bairros com menor custo estão localizados na Zona Norte: Vaz Lobo (R$ 2.843) Marechal Hermes (R$ 2.838), Benfica (R$ 2.775), Guadalupe (R$ 2.556) e Pavuna (R$ 2.148).

Cidade da Pesca em SG atrai novos investidores

Depois dos espanhóis, grupo de chineses aprova projeto do governo estadual que quer implantar conceito em Itaoca e gerar mais de 10 mil empregos diretos

A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca do Rio de Janeiro (Sedrap) recebeu no início desta semana uma delegação de administradores de três empresas chinesas interessadas em conhecer a aquicultura no Brasil e saber como funciona a indústria de pescado no País. Uma equipe de funcionários da Sedrap e da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj, órgão vinculado à Secretaria) apresentou o projeto da Cidade da Pesca, a ser implantado em uma área de 600 mil metros quadrados de Itaoca, em São Gonçalo, com previsão de gerar mais de 10 mil empregos diretos.

Esse foi o segundo grupo de estrangeiros a conhecer o projeto. O primeiro foi o de empresários espanhóis da holding Jealsa Rianxeira SA, maior indústria de processamento de pescado do mundo em volume de produção (cerca de 5 milhões/dia) e com grande interesse em expandir os negócios no Brasil, onde já conta com uma fábrica no Rio Grande do Sul e instala outra no Ceará. Os espanhóis – que sobrevoaram a Cidade da Pesca no último dia 20 com o secretário Felipe Peixoto, da Sedrap – gostaram e já negociam com o Governo do Estado 100 mil metros quadrados para a instalação de uma unidade da filiada Crusoe Foods, que tem sede no Chile e está presente em outros 22 países da América.

– Só a Crusoe deve gerar perto de 1.500 empregos, em um universo de 200 toneladas de sardinha por dia. Com a Cidade da Pesca buscamos garantir ao Rio de Janeiro uma área reservada à atividade da pesca, com uso e ocupação de forma sustentável. Sem dúvida, um projeto que vai impulsionar a atividade econômica do Estado do Rio, terceiro em produção de pescado marinho no País, ficando atrás apenas de Santa Catarina e do Pará – adianta o secretário Felipe Peixoto.

Chineses – Realizado na sede da Sedrap, no Centro de Niterói, o encontro foi com representantes das empresas públicas Ocean and Fisheries Administration, Guangdong Dayaw an Fishery Development Centre e Ocean and Fisheries Bureau, todas ligadas ao setor da pesca. O vice-diretor-geral da Ocean and Fisheries Administration, da província de Guangdong, Hong Weidong, ficou impressionado com o projeto, parabenizando o secretário Felipe Peixoto e sua equipe pela estrutura da Cidade da Pesca.

– Por tudo que vi, sei que logo o Rio de Janeiro será o maior produtor de pescado no Brasil – disse Weidong.

R$ 4,45 bi em royalties

Dos 92 municípios fluminense, 85 formam um conjunto que recebeu, em 2012, aproximadamente R$ 4,45 bilhões em royalties do petróleo, volume 12,5% superior verificado no ano anterior. A elevação pode ser explica da pelo aumento do preço do barril do petróleo no mercado internacional, que passou de US$107,46, em 2011, para US$ 109,46 no ano passado, alta de1,9%. Os dados estão na 6ª edição do anuário Finanças dos Municípios Fluminenses, que será lançado amanhã e que foi obtido com exclusividade pelo Jornal do Commercio.

Elaborado pela Aequus Consultoria, o estudo mostra que o município de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, com recolhimento de R$ 1,34 bilhão em royalties, ainda é responsável pela maior parte da arrecadação. A cidade vizinha de Macaé, onde estão baseadas empresas do setor de óleo e gás, obteve a segunda colocação no recebimento dos recursos, com R$ 542,6 milhões. Em seguida, aparecem Rio das Ostras (R$ 351,1 milhões), Cabo Frio (R$ 317 milhões), São João da Barra (R$ 232,2 milhões), Casimiro de Abreu (R$ 122,8 milhões), Mari cá (R$ 110,7 milhões), Quissamã(R$ 107 milhões), Niterói (11$ 100,9 milhões(, Armação de Búzios (R$ 81,3 milhões), Itaguaí (R$ 40,9 milhões) e Carapebus (R$ 39 milhões). Do grupo, apenas São João da Barra apresentou redução em relação ao ano anterior por conta da que da na produção do Campo de Frade, onde houve um vaza mento há dois anos.

O maior destaque, no entanto, é o município de Itaguaí, pulou de uma arrecadação de R$ 8,4 milhões, em 2011, para R$40,9 milhões no ano passado. De acordo com o estudo, este crescimento está associado à inclusão da cidade na Zona de Produção Principal (ZPP), ocorrida em março do ano passado.

Arraial do Cabo também obteve crescimento expressivo pelo segundo pino consecutivo, de 58,5%, graças à elevação da produção no Campo de Peregrino. Em 2010, o município recebeu R$ 6,5 milhões, passando para R$ 28 milhões, em 2011, e R$ 44,4 milhões no ano seguinte.

 

“C” de conquistas, mas não da casa própria

Embora considerada classe A ou B, na maioria dos critérios de classificação econômica dos lares brasileiros, a família Vieira — cuja história o EXTRA vem contando numa série de reportagens ao longo desta semana — ainda precisa conquistar o grande sonho da classe C: a casa própria. Hoje, a professora Jus sara, de 47 anos, o coordenador de segurança Antônio, de 45, e o filho João Gabriel, de 11, moram de aluguel numa casa dedois quartos na Pavuna, Zona Norte do Rio, pagando R$ 500 por mês. Mas fazem planos de financiar um imóvel.

— Vimos um apartamento, mas a Caixa só financia 80% do valor. Isso dificulta. Além disso, os preços dos imóveis estãosurreais —diz Jussara. Para Leonardo Schneider, vice-presidente do Sindicato de Habitação do Rio (Secovi Rio), a classe média vem conquistando a moradia:

—Temos um caminho longo a percorrer, mas já há mais facilidade de acesso à casa própria do que há alguns anos. Enquanto o sonho não se realiza, a família comemora outra conquista: o Palio 1999, financiado em cinco anos, foi quitado em julho passado. Para economizar, Antônio optou pelo Gás Natural Veicular (GNV):

— Instalei o kit por causa do desconto no IPVA e para andarmais e pagar menos.

Concurso Nacional – Ensaios Urbanos: Desenhos para o Zoneamento de São Paulo

 

A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU, entidade promotora, e o Departamento de São Paulo do Instituto de Arquitetos do Brasil – IABsp, entidade organizadora, instituem o Concurso Nacional Ensaios Urbanos: desenhos para o Zoneamento de São Paulo.

Promoção:

Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU

Organização:

Instituto de Arquitetos do Brasil Departamento de São Paulo – IAB/SP

Quem pode participar:

Poderão participar profissionais diplomados, legalmente habilitados e registrados no Sistema do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, residentes e domiciliados no país, em pleno gozo de seus direitos profissionais.

Tipo de concurso:

1.2. O Concurso será realizado em uma única etapa para selecionar as melhores propostas de Estudos de Parâmetros para cada Categoria, de acordo com as condições estabelecidas nas Bases do Concurso, composta por este Edital, pelo Termo de Referência e Anexos.

1.3. O Concurso abrange duas Modalidades sendo que a primeira delas se subdivide em cinco Categorias enquanto a segunda Modalidade resume-se a uma única Categoria, conforme descrito no Item três (3) do Termo de Referência.

1.4. A cada uma das 5 (cinco) Categorias da primeira Modalidade correspondem 3 (três) premiações independentes entre si e sem ordem classificatória. À Categoria única da segunda Modalidade correspondem até 10 (dez) premiações sem ordem classificatória.

Cronograma:

Inscrições: 29/11/2013 a 27/01/2014
Limite para entrega dos Trabalhos: 10/02/2014
Conclusão do Julgamento: 18/02/2014
Cerimônia de Premiação: 25/02/2014

Premiação:

9.1. Para cada Categoria da Modalidade 1 serão conferidos até três (3) prêmios no valor de R$ 10.000,00 (dez mil Reais) e para a Categoria única da Modalidade 2 serão conferidos até dez (10) prêmios no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil Reais) cada.

9.2. Os prêmios serão pagos aos vencedores pela instituição Organizadora do Concurso, havendo sobre os mesmos a incidência da legislação fiscal pertinente.

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Para mais informações e inscrições, consulte aqui a página oficial do concurso.