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Parceria cria rede mundial de certificação

O selo de sustentabilidade brasileiro AQUA e a certificação francesa HQE firmaram parceria para criar a Rede Internacional de Certificação AQUA-HQE. Com isso, construções residenciais e comerciais brasileiras que já possuem o selo AQUA passarão a integrar uma rede mundial de sustentabilidade. A Fundação Vanzolini, que dá o AQUA, criou um guia que explica as regras das duas certificações.

Simulações do BC descartam risco de preços no Brasil

Estudos mostram que sistema financeiro sobreviveria sem grandes problemas a queda de até 45% nos valores praticados hoje

Eduardo Cucolo

A desaceleração recente no preço dos imóveis residenciais é vista pelo governo como um movimento natural e que não está relacionado ao estouro de uma suposta bolha imobiliária. Nos últimos anos, o Banco Central fez uma série de publicações para rebater as teses de que o Brasil pode experimentar uma crise nessa área.

Nesta semana, a instituição divulgou simulações que mostram que o sistema financeiro nacional sobreviveria sem grandes problemas a uma queda imediata de até 45% nos preços.

Ao chegar a esse patamar, algumas instituições precisariam se capitalizar. Quebra de bancos, no entanto, somente no caso de uma desvalorização superior a 55% em um único dia e, mesmo assim, com apenas uma instituição.

Segundo o BC, a título de comparação, o pior momento da crise nos EUA representou uma desvalorização de 33% acumulada em três anos e levou à quebra de mais de uma instituição.

O governo, no entanto, descarta o risco de uma crise no Brasil.

Os números do BC mostram que o valor dos imóveis cresceu acima de 20% ao ano em termos nominais (sem descontar a inflação) entre 2007 e 2010.

Desde 2009, quando atingiu o pico de valorização de quase 25%, esse ritmo perdeu força ano a ano. Em 2013, por exemplo, dados até novembro mostram crescimento nominal de 9,2% nos preços.

A instituição lembra que houve desaceleração, mas não queda no preço médio dos imóveis nas 11 maiores regiões metropolitanas do país. “A gente não está vendo deterioração. Os imóveis continuam subindo, mesmo que a taxas mais modestas”, disse o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles.

Ele afirma não acreditar em nenhuma grande mudança de preços após a Copa do Mundo. “Essa questão de impacto da Copa está exacerbada. Ninguém compra imóvel para vir assistir à Copa. Isso está bastante exagerado, não vejo nenhum sinal de ruptura”, afirmou.

Segundo o BC, não há nenhum elemento que possa caracterizar bolha.

“Não temos subprime, não temos segunda hipoteca, tivemos aumento significativo na renda e o crédito imobiliário ainda é pequeno em relação ao PIB, em torno de 8%”, diz. “O perigo seria um movimento descontrolado, mas isso nós não temos.”

Reforma passa a ter regras e novos custos

Segurança para a edificação é principal apelo para cumprimento da norma, que não prevê fiscalização ou multa

Mesmo obras pequenas, como uma pintura, precisarão de laudo técnico, que deverá ser repassado ao síndico

Daniel Vasques

Depois de pouco mais de dois anos do desabamento do edifício Liberdade, no Rio, o país passou a ter uma norma com regras para reformas.

No acidente no Rio, o edifício passava por uma reforma e, ao cair, levou consigo duas construções vizinhas. Dezessete pessoas morreram.

Publicada pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) na última quinta-feira, a norma entrará em vigor no próximo dia 18 e valerá inclusive para reformas no interior dos imóveis.

O documento apresenta um roteiro de procedimentos a seguir antes, durante e depois de uma obra. Moradores deverão enviar ao síndico um planejamento do que será feito, detalhando empresa contratada e duração da obra.

Como toda reforma exigirá um responsável técnico, o condômino precisará de um laudo assinado por engenheiro ou arquiteto, mesmo no caso de obras pequenas, como uma pintura, diz o redator da norma, Jerônimo Cabral.

O síndico terá o poder de autorizar ou proibir a reforma, caso considere que ela causa risco à edificação ou aos moradores. Para tanto, precisará recorrer a um especialista para validar ou não o laudo.

A veterinária Carolina Pontoldio, 33, conta que o conhecimento técnico foi decisivo para ela contratar uma arquiteta para a reforma do apartamento. “Sabia que a estrutura do imóvel estaria garantida”, diz.

No caso da advogada Anamaria do Amaral Andrade, 51, seu apartamento teve alteração na parede da cozinha, instalação de ar-condicionado e ampliação da sala com a varanda.

“Para retirar uma esquadria, por exemplo, preciso pegar todo o formulário de uso do prédio e analisá-lo. Não posso propor algo para a minha cliente que eu não possa executar”, diz a arquiteta Camila Klein, responsável pelas mudanças no apartamento de Anamaria.

ENTIDADES QUESTIONAM APLICAÇÃO DA NORMA

Embora concordem sobre a necessidade de uma norma para reformas, entidades do setor de condomínios criticam o fato de não terem sido procuradas para participar das discussões.

Elas afirmam que faltou informar os moradores, administradoras e síndicos da norma, e que a necessidade de laudos tende a onerar os condomínios, gerando dificuldades na sua aplicação.

Dostoiéviscki Vieira, diretor da associação Pró-Síndico (associação de síndicos), diz que a tendência é que a norma não seja seguida nos condomínios mais populares, por razões econômicas.

“Vai sobrar para os síndicos ouvir chorumelas se tiver de começar a exigir o laudo dos condôminos.”

Para Omar Anauate, diretor da Aabic (associação de administradoras de condomínio), nenhuma administradora se disporá a “dar um ok” a um projeto por solicitação do síndico nem terá interesse em fazer isso.

“Síndicos e administradoras passaram ao largo dessa discussão. É em prol da segurança de todos, mas precisaria detalhar melhor a questão operacional dessa norma.”

Já Ricardo Pina, coordenador da comissão de estudos da norma e membro do SindusCon-SP (sindicato da construção), diz que, aos poucos, haverá uma mudança na cultura dos condomínios e que a iniciativa representa um passo nesse sentido.

“Há prédios que parecem um queijo suíço depois de reformas feitas sem controle”, afirma Pina.

TRABALHO

ESCOLHA DE PROFISSIONAL TEM RESTRIÇÃO

O conhecido “faz-tudo” não poderá fazer reformas em uma edificação. As obras deverão ser tocadas, dependendo da complexidade, por empresas capacitadas ou especializadas.

O termo “capacitado” refere-se a quem recebeu capacitação e orientação de um profissional e que trabalhe sob responsabilidade dele. Os especializados devem exercer função de competência técnica específicas.

NORMA DE REFORMAS

Entenda as regras

O QUE É A NORMA DE REFORMAS NBR 16.280?

Documento que contém regras para a reforma de empreendimentos

ELA VALE PARA TODOS OS EDIFÍCIOS?

Sim, para os prédios novos e antigos, comerciais e residenciais, inclusive dentro do imóvel

QUANDO ELA ENTRARÁ EM VIGOR?

Publicada na última quinta- feira, a norma entrará em vigor em 18 de abril

VOU FAZER UMA REFORMA, COMO DEVO PROCEDER?

Toda reforma deverá ser comunicada ao síndico, que poderá autorizá-la ou não. O morador precisará contratar um arquiteto ou engenheiro, que deverão fornecer um laudo, descrevendo todo o programa de reforma, até no caso das mais simples

E como o síndico vai avaliar esse laudo?

Ele também deverá contratar especialista ou, quando possível, repassar a demanda à administradora do condomínio

QUANTO CUSTA ESSE PROCEDIMENTO?

Segundo tabela do Ibape, para contratar um profissional para avaliar a reforma e fornecer um laudo, a taxa mínima é de R$ 2.500 mais R$ 250 por hora de trabalho

Segundo a norma, poderei chamar um pedreiro de minha confiança para a obra?

Não. Será necessário contratar empresa especializada ou capacitada, com responsável legal pelo projeto

ESSAS EXIGÊNCIAS VÃO ONERAR E BUROCRATIZAR AS REFORMAS?

Reformar sairá mais caro e exigirá novos procedimentos, mas tende a trazer segurança aos moradores, segundo entidades do setor

QUEM PARTICIPOU DA ELABORAÇÃO DESSA NORMA?

Entidades do setor de construção, bancos, construtoras etc.

Fonte: Norma NBR 16.280 e participantes da comissão que a elaborou

Obras da Zona Portuária fazem emergir no Centro nova orla do Rio

Projeto urbanístico vai revitalizar uma área à beira-mar entre a Avenida Rodrigues Alves e a Praça Quinze

Simone Candida

A área atrás do 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, vai virar um calçadão, com jardins, quiosques e um deck-passarela Pedro Kirilos / Agência O Globo

Acostumados a associar a palavra “orla” às praias da Zona Sul e da Barra, os cariocas podem ir começando a se habituar com um adendo à paisagem marítima do Rio. Com a derrubada total do Elevado da Perimetral, o Centro ganhará, até 2016, uma nova área de lazer e contemplação à beira-mar. Com três quilômetros de extensão, a orla da região renasce a partir das obras de revitalização da Zona Portuária e terá um grande boulevard, praças e um deque-passarela num pedaço da cidade que a maioria dos cariocas nunca visitou: a área atrás do 1º Distrito Naval, que irá virar um charmoso calçadão, com quiosques e jardins. Para tornar as caminhadas menos áridas, cerca de duas mil árvores, incluindo ipês e cássias, além de plantas de 20 espécies nativas da flora brasileira, serão espalhadas nos 200 mil metros quadrados da chamada Frente Marítima.

— De tudo que a prefeitura está fazendo na região, talvez esse seja o projeto mais marcante do ponto de vista da revitalização. É o reencontro do Centro com o mar. A cidade nasceu por causa da Baía de Guanabara. E a baía precisa da cidade, até para sua recuperação. Temos ali importantes marcos da história não só do Rio, mas do Brasil, como o local de chegada da família imperial, na área junto ao Paço, do qual o carioca poderá se aproximar — diz o prefeito Eduardo Paes.

O novo ponto a ser reurbanizado, situado entre o antigo prédio do Banco Central e o Museu Histórico Nacional, na Praça Quinze, é uma extensão do projeto inicial, que previa a criação de uma área de pedestres menor, no espaço aberto com a retirada do viaduto. Quando tudo estiver pronto, em 2016, cariocas e turistas poderão ir do Aterro do Flamengo até a Rodoviária Novo Rio num percurso a pé ou de bicicleta.

— O projeto original de revitalização do porto tinha um boulevard na Rodrigues Alves, do Armazém 7 até a Praça Mauá. A prefeitura sempre teve a intenção de executá-lo, mas isso só se tornou possível quando acertamos a derrubada da Perimetral até o Aterro, no final de 2012. Agora, faremos a conexão dos dois espaços: o da Praça Quinze e da Rodrigues Alves com a área da Marinha — diz o subsecretário de Projetos Estratégicos da Casa Civil municipal, Jorge Arraes, acrescentando que a revitalização, que será iniciada no segundo semestre deste ano, também atingirá a Praça Mauá e o entorno da rodoviária.

Marinha cederá área à prefeitura

O marco inicial da Frente Marítima é a praça ainda sem nome, mas que está sendo chamada de Praça do Banco Central, localizada junto à saída do túnel da Via Binário, na área próxima às futuras instalações do aquário da cidade. Na área de cinco mil metros quadrados, está prevista a instalação de esculturas, que vão marcar o local onde se inicia o boulevard. Para barrar a visão do tráfego da Via Binário, que passa logo ao lado, haverá uma “parede verde”.

— Ela ficará numa das extremidades do futuro aquário do Rio e, com a Praça das Águas, localizada na outra extremidade, formará uma esplanada em frente ao prédio, com vista para a Baía de Guanabara — diz o arquiteto João Pedro Backheuser, um dos autores do plano de reurbanização da região.

O projeto, assinado pelos escritórios Backheuser Arquitetura e Cidade e Alonso Balaguer Riera Arquitetos Associados, também dará uma nova cara à região dos armazéns da Rodrigues Alves. Trata-se de um boulevard, arborizado e com mobiliário especial, com mais de um quilômetro de extensão, que se estenderá dos armazéns 1 ao 8. Ao todo, a área terá cem mil metros quadrados de intervenções.

Outro marco do projeto será um presente para os moradores da cidade: um passeio será construído na área atrás do 1º Distrito Naval. Segundo Arraes, o local será cedido pela Marinha à prefeitura e irá virar um grande calçadão, com dez metros de largura. Para vencer uma grande barreira no meio do caminho — a ponte de acesso à Ilha das Cobras —, os arquitetos idealizaram uma passarela, que levará o pedestre a passar por baixo dela. A área terá muitos jardins e árvores. E estão previstos quiosques próximos ao mar.

Para Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, o projeto de revitalização da região vai gerar uma transformação equivalente à ampliação da Avenida Atlântica e à criação do Parque do Flamengo.

— Vai surgir ali uma cidade nova, com edifícios e áreas que o carioca nunca imaginou. A Rodrigues Alves, quando foi aberta, era uma via industrial, de conexão entre os armazéns de cargas e os navios. De caminho para atividades portuárias, ela foi se tornando uma via urbana de conexão. Com a Perimetral, foi como se jogassem uma pá de cal nesse local. Hoje, vivemos o processo contrário. Vemos surgir uma Rodrigues Alves nova — diz Fajardo.

Obras da Zona Portuária fazem emergir no Centro nova orla do Rio

Projeto urbanístico vai revitalizar uma área à beira-mar entre a Avenida Rodrigues Alves e a Praça Quinze

Simone Candida

A área atrás do 1º Distrito Naval, na Praça Mauá, vai virar um calçadão, com jardins, quiosques e um deck-passarela Pedro Kirilos / Agência O Globo

Acostumados a associar a palavra “orla” às praias da Zona Sul e da Barra, os cariocas podem ir começando a se habituar com um adendo à paisagem marítima do Rio. Com a derrubada total do Elevado da Perimetral, o Centro ganhará, até 2016, uma nova área de lazer e contemplação à beira-mar. Com três quilômetros de extensão, a orla da região renasce a partir das obras de revitalização da Zona Portuária e terá um grande boulevard, praças e um deque-passarela num pedaço da cidade que a maioria dos cariocas nunca visitou: a área atrás do 1º Distrito Naval, que irá virar um charmoso calçadão, com quiosques e jardins. Para tornar as caminhadas menos áridas, cerca de duas mil árvores, incluindo ipês e cássias, além de plantas de 20 espécies nativas da flora brasileira, serão espalhadas nos 200 mil metros quadrados da chamada Frente Marítima.

— De tudo que a prefeitura está fazendo na região, talvez esse seja o projeto mais marcante do ponto de vista da revitalização. É o reencontro do Centro com o mar. A cidade nasceu por causa da Baía de Guanabara. E a baía precisa da cidade, até para sua recuperação. Temos ali importantes marcos da história não só do Rio, mas do Brasil, como o local de chegada da família imperial, na área junto ao Paço, do qual o carioca poderá se aproximar — diz o prefeito Eduardo Paes.

O novo ponto a ser reurbanizado, situado entre o antigo prédio do Banco Central e o Museu Histórico Nacional, na Praça Quinze, é uma extensão do projeto inicial, que previa a criação de uma área de pedestres menor, no espaço aberto com a retirada do viaduto. Quando tudo estiver pronto, em 2016, cariocas e turistas poderão ir do Aterro do Flamengo até a Rodoviária Novo Rio num percurso a pé ou de bicicleta.

— O projeto original de revitalização do porto tinha um boulevard na Rodrigues Alves, do Armazém 7 até a Praça Mauá. A prefeitura sempre teve a intenção de executá-lo, mas isso só se tornou possível quando acertamos a derrubada da Perimetral até o Aterro, no final de 2012. Agora, faremos a conexão dos dois espaços: o da Praça Quinze e da Rodrigues Alves com a área da Marinha — diz o subsecretário de Projetos Estratégicos da Casa Civil municipal, Jorge Arraes, acrescentando que a revitalização, que será iniciada no segundo semestre deste ano, também atingirá a Praça Mauá e o entorno da rodoviária.

Marinha cederá área à prefeitura

O marco inicial da Frente Marítima é a praça ainda sem nome, mas que está sendo chamada de Praça do Banco Central, localizada junto à saída do túnel da Via Binário, na área próxima às futuras instalações do aquário da cidade. Na área de cinco mil metros quadrados, está prevista a instalação de esculturas, que vão marcar o local onde se inicia o boulevard. Para barrar a visão do tráfego da Via Binário, que passa logo ao lado, haverá uma “parede verde”.

— Ela ficará numa das extremidades do futuro aquário do Rio e, com a Praça das Águas, localizada na outra extremidade, formará uma esplanada em frente ao prédio, com vista para a Baía de Guanabara — diz o arquiteto João Pedro Backheuser, um dos autores do plano de reurbanização da região.

O projeto, assinado pelos escritórios Backheuser Arquitetura e Cidade e Alonso Balaguer Riera Arquitetos Associados, também dará uma nova cara à região dos armazéns da Rodrigues Alves. Trata-se de um boulevard, arborizado e com mobiliário especial, com mais de um quilômetro de extensão, que se estenderá dos armazéns 1 ao 8. Ao todo, a área terá cem mil metros quadrados de intervenções.

Outro marco do projeto será um presente para os moradores da cidade: um passeio será construído na área atrás do 1º Distrito Naval. Segundo Arraes, o local será cedido pela Marinha à prefeitura e irá virar um grande calçadão, com dez metros de largura. Para vencer uma grande barreira no meio do caminho — a ponte de acesso à Ilha das Cobras —, os arquitetos idealizaram uma passarela, que levará o pedestre a passar por baixo dela. A área terá muitos jardins e árvores. E estão previstos quiosques próximos ao mar.

Para Washington Fajardo, presidente do Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, o projeto de revitalização da região vai gerar uma transformação equivalente à ampliação da Avenida Atlântica e à criação do Parque do Flamengo.

— Vai surgir ali uma cidade nova, com edifícios e áreas que o carioca nunca imaginou. A Rodrigues Alves, quando foi aberta, era uma via industrial, de conexão entre os armazéns de cargas e os navios. De caminho para atividades portuárias, ela foi se tornando uma via urbana de conexão. Com a Perimetral, foi como se jogassem uma pá de cal nesse local. Hoje, vivemos o processo contrário. Vemos surgir uma Rodrigues Alves nova — diz Fajardo.

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