Prefeitura acerta com telefônica compra do terreno, no Engenho Novo

No local, serão construídas 1,3 mil imóveis do Minha Casa, Minha Vida

A Câmara de Vereadores marcou para o próximo dia 29, às 10h, a audiência pública que discutirá a questão dos desabrigados do terreno da Oi, e para a qual foram convocados representantes dos governos estadual e municipal. A informação foi dada ontem pelo cardeal do Rio dom Orani Tempesta, durante encontro que reuniu integrantes da sociedade civil, da prefeitura e do governo do estado na Arquidiocese do Rio de Janeiro, na Glória, na Zona Sul.

A Prefeitura do Rio já está acertando os detalhes finais com a empresa de telefonia para a compra da propriedade, no Engenho Novo, visando à construção de 1,3 mil imóveis pelo programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. As 136 famílias desalojadas inicialmente ocuparam um pátio na frente da Catedral Metropolitana, no Centro, mas agora estão abrigadas na paróquia de Nossa Senhora do Loreto, na Ilha do Governador, na Zona Norte.

Segundo dom Orani, a arquidiocese continua intermediando a questão com os governos e prestando auxílio aos desabrigados com assistentes sociais, alimentação, orientações médicas e agilizando documentações – em convênio com a prefeitura. De acordo com o cardeal, “cabe ao poder público e à toda a sociedade civil encontrar os caminhos que levem a uma solução”.

Dom Orani disse ainda não haver previsão sobre quanto tempo essas pessoas vão continuar abrigadas na paróquia. “Gostaríamos que fosse resolvido logo, porque acho que ali (na paróquia da Ilha do Governador) não é um lugar de moradia. É um lugar provisório e a pessoa que fica em lugar provisório, acaba se desgastando. Mas, enquanto elas tiverem necessidade, estaremos ajudando”, assegurou.

Os desabrigados estão sendo assistidos por vários vicariatos (regiões que concentram paróquias). Cada dia da semana, um deles se responsabiliza pela alimentação e distribuição de roupas e material de limpeza e de higiene pessoal. “Eles dormem num galpão. Não ficam mais ao relento”, garantiu uma paroquiana.

Origem: O Dia, 24/05/2014

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