Estado fecha o ano com R$ 110,5 bi na carteira

O Rio de Janeiro fecha o ano de 2013 com uma carteira de investimentos que chega a R$ 110,5 bilhões. Para o ano que vem, es tão previstos mais R$ 25 bilhões em projetos e, de acordo com o governo fluminense, a previsão é que as obras vinculadas a essas iniciativas se estendam ao longo dos próximos cinco anos.

Do montante total de R$ 135,5 bilhões, cerca de R$ 47,5 bilhões são de investimentos públicos, sejam federais, estaduais ou municipais. Os principais projetos estão ligados à área de mobilidade urbana e logística, casos do Arco Metropolitano e da Linha 4 do metrô, que ligará Ipanema à Barra da Tijuca.

Segundo o governo estadual, só na capital, estão em curso R$ 35,5 bilhões em projetos, que incluem a construção da nova linha de transporte metroviário e uma fábrica da Rolls-Royce. O Norte Fluminense, coração do setor de exploração de petróleo e gás natural, ganhou a companhia do Porto do Açu, em São João da Barra, que já começa a receber empresas, e tem R$ 15 bilhões em carteira. Já a Região Metropolitana, com obras como o Arco Metropolitano, previsto para ser inaugurado no primeiro trimestre de 2014, tem R$ 30,7 bilhões em investimentos.

Entre os principais investimentos do estado está o Com plexo Petroquímico do Rio (Comperj), que receberá recursos de R$ 20 bilhões somente em sua primeira fase, construção da refinaria básica, que de verá processar 165 mil barris de petróleo por dia. Outros R$ 10 bilhões deverão ser alocados na segunda etapa de construção do empreendimento, que inclui a produção petroquímica.

O setor automotivo também ganha espaço na pauta de investimentos fluminense com o desenvolvimento do polo automotivo no região do Médio Paraíba. No local, estão previstos projetos que, somados, totalizam pelo menos U$ 131 bilhões. Estão incluídas nesse montante, a ampliação das fábricas da MAN e da Peugeot Citroen e a construção da unidade da Nissan, que deve começar a operar no primeiro semestre de 2014.

A chegada das montadoras mostra que há orna diversificação econômica em curso no estado. De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Julio Bueno, a ampliação do leque de investi mentos prepara a economia do Rio para uma fase “além do petróleo”. Ele cita outros empreendimentos em andamento na área de biofármacos, cosméticos e alimentos. “E importante ressaltar que não estão incluídos os investimentos que a Petrobras e suas parcerias deverão fazer no Rio para retirar o óleo do pré-sal”, enfatizou.

Para Bueno, o petróleo continuará a ser importante fonte de renda para o estado e para os municípios durante um longo tempo, não só pela arrecadação dos royalties, mas por conta da cadeia de empresas do setor que escolhem o Rio como base para suas unidades de produção.

Ele citou o desenvolvimento do campo de Libra, na Bacia de Santos, que foi leiloado em outubro. Pelos cálculos do secretário, Libra poderá gerar encomendas de aproximadamente US$ 280 bilhões, desde produção de plataformas até equipa mentos submarinos, chamados de subsea. “Nada mais natural que estas encomendas sejam feitas a fornecedores do Rio de Janeiro”, completou.

Origem: Jornal do Commercio, 16/12/2013

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