Estação do metrô da Uruguai deixa Tijuca ainda mais valorizada

Bairro recebe projetos modernos residenciais e comerciais

Após um período sem receber lançamentos imobiliários, a Tijuca volta à cena com empreendimentos residenciais e comerciais mais modernos. Fatores como a abertura da estação de metrô da Uruguai valorizam os imóveis e atraem construtoras. Segundo o Secovi Rio (Sindicato da Habitação), o metro quadrado no bairro para venda, em fevereiro, foi de R$ 7.188, variação de 16,43% em relação a fevereiro de 2013 (R$ 6.174). De 2010 a 2013, o bairro recebeu 3.018 novas unidades, de acordo com a Ademi-RJ (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário).

O comercial W3 é um exemplo de projeto que valoriza toda a região da Tijuca Foto: Divulgação

“A chegada das UPPs fez com que o morador da Tijuca voltasse a se sentir seguro. E isso o encorajou a permanecer no bairro e a fazer com que pessoas de outros bairros se mudassem para lá. O efeito imediato disso foi o crescimento das vendas no bairro”, afirma Mario Amorim, diretor geral da Brasil Brokers no Rio de Janeiro. Rodrigo Miozzo, diretor executivo da Fernandez Mera, diz ainda que o fortalecimento dos setores de comércio e serviços também contribui para a valorização.

“Hoje, só a Fernandez Mera comercializa, aproximadamente, oito empreendimentos no bairro, totalizando 230 unidades, entre residenciais e comerciais”, conta Miozzo. O Atrium, da Calçada e Montserrat, é um exemplo de empreendimento na região. Além do residencial, o Convento Bom Pastor está sendo revitalizado pelas construtoras para abrigar os 37 lofts do projeto. A Santa Cecília tamBém escolheu o bairro para construir o Bora Bora Tijuca.

Em Vila Isabel, a João Fortes lançou o Vila Rosa Residências, já 100% vendido. A RJZ Cyrela tem dois residenciais no bairro: Golden Tijuca e Adorabile.

CRESCIMENTO IMOBILIÁRIO DE 300%

As construtoras também estão levando para Tijuca projetos comerciais. Um deles, o Saens Peña Offices, da W3 em parceira com a Promall, ficará na Praça Saens Penha, principal centro comercial e social do bairro. O prédio terá 89 unidades, sendo 12 lojas e 77 salas, com possibilidade de junção, além de três pavimentos de estacionamento. O Valor Geral de Vendas (VGV) é de aproximadamente R$ 40 milhões. A Concal investe no local com o Plenus, edifício com 110 salas comerciais e espaços corporativos de 312 metros quadrados. O empreendimento é voltado para serviços diversos, com plantas flexíveis, permitindo a junção de duas ou mais salas. O prédio terá ainda duas salas de reunião, auditório e coffee shop, sistema integrado de câmeras, e controle de acesso com catracas eletrônicas.

O Atrium, da Calçada e Montserrat, é um exemplo de empreendimento na região Foto: Divulgação

COMERCIAIS MAIS MODERNOS

Segundo levantamento feito pela Concal, mais de 90% dos apartamentos vendidos na Tijuca são para pessoas que já moram por lá. O bairro teve crescimento imobiliário de 300% nos últimos anos. Segundo José Conde Caldas, presidente da Concal, o aumento dos imóveis residenciais na região fez crescer também a demanda pelos comerciais, o que gerou uma repaginada no comércio da região. “A Tijuca sempre foi conhecida como um bairro de alto padrão, pelo seu comércio vasto, cercada por ótimos colégios, e vem retomando este status com as UPPs e  eventos olímpicos que passarão pelo bairro”, ressalta.

Origem: O Dia - Caderno de Imóveis, 23/03/2014

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