GJP investe R$ 300 milhões até 2016

Guilherme Serodio

Com um investimento de R$ 40 milhões, a GJP Hotels& Resorts, do empresário Guilherme Paulus, ex-controlador da operadora de turismo CVC, inaugurou ontem seu primeiro hotel em área licitada pela Infraero, no aeroporto internacional do Rio de Janeiro, o Galeão. O projeto faz parte do plano da empresa de investir em empreendimentos em áreas de concessão da Infraero, na esteira da modernização dos aeroportos tocada pelo governo.

Até 2016, a empresa vai aplicar R$ 300 milhões na construção e adaptação de hotéis nos aeroportos de Vitória (ES), Confins (MG) e Santos Dumont, no Rio, onde já ganhou a licitação dos terrenos. Os projetos devem ser concluídos em 2015. Todos, como o inaugurado no Galeão, serão concedidos pela Infraero para exploração por 25 anos. Os recursos também abarcam a construção de hotel em Juiz de Fora (MG), previsto para 2016.

A GJP quer ainda concorrer na construção de hotéis “em todos os aeroportos onde a Infraero pretende licitar [esse tipo de empreendimento]”, disse Paulus ao Valor . Ele cita os terminais de Salvador (BA), Curitiba (PR), Manaus (AM) e Recife (PE). De acordo com o empresário, a GJP estuda ainda a possibilidade de construir um hotel no terminal privado de Viracopos (SP).

Para 2014, a empresa espera crescer cerca de 20% em faturamento e chegar a algo próximo a R$ 180 milhões a R$ 190 milhões. Até 2016, novos empreendimentos da companhia devem elevar o numero de quartos de hotel da GJP dos atuais 2,3 mil para 4,2 mil. Ao todo, a empresa tem seis hotéis em construção e analisa oportunidades de administrar empreendimentos de terceiros.

“Até 2016 a gente vai quase dobrar o número de quartos, o que deve duplicar o faturamento”, disse o diretor-geral da GJP, Alberto Grau.

A empresa faturou R$ 100 milhões no ano passado e espera atingir R$ 150 milhões em 2013, graças a empreendimentos inaugurados recentemente. O principal deles, é o hotel Tropical, em Salvador, de bandeira Sheraton.

O hotel inaugurado no Rio é da bandeira Linx, marca econômica da companhia. A expectativa é ter ocupação média entre 80% e 85 % ao longo de 2014. O aluguel pago à Infraero pela exploração da área deve representar entre 7 % e 9 % do faturamento.

Origem: Valor Econômico, 10/10/2013