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Museu Nacional de Belas Artes completa dez anos em obras

Reformas iniciadas em 2004 e previstas para a Copa só ficarão prontas após os Jogos Olímpicos

AUDREY FURLANETO

Museu na Avenida Rio Branco já consumiu R$ 16 milhões em restauros de 2004 até agora e terá mais R$ 20 milhões para novas obras Leo Martins

 

Quando começou as reformas de seu prédio, em 2004, o Museu Nacional de Belas Artes lançou a primeira promessa: terminaria as obras em 2010. O ano previsto chegou, e o prazo mudou — a instituição criada no Centro do Rio para abrigar a Escola Nacional de Belas Artes, em 1937, e dona de um dos grandes acervos do país (são 70 mil peças) prometeu, à época, que ficaria enfim pronta para a Copa do Mundo. Agora, às vésperas do evento, a previsão já é outra: o MNBA anuncia que concluirá a longa jornada de reformas somente em 2017, depois da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.

Nos últimos dez anos, as obras consumiram R$ 16 milhões — e vão demandar mais R$ 20 milhões de agora até 2017.

— Teria sido muito mais fácil se tivéssemos fechado as portas — justifica a diretora do museu, Monica Xexéo, referindo-se ao fato de a instituição não ter interrompido o funcionamento para realizar as reformas. — Veja só o Teatro Municipal, que fechou e fez tudo muito mais rápido. A movimentação de obra é diferente se você tem visitantes. É preciso ter cuidado com barulho, com poeira… Mas não fiz sozinha essa escolha (de reformar o museu sem fechá-lo ao público). Chegamos a um consenso entre vários departamentos (do Ministério da Cultura e do museu). É claro que, se você está fechado, é tudo mais tranquilo.

Os primeiros R$ 16 milhões que o governo federal liberou ao museu foram usados, sobretudo, para a restauração da fachada principal (voltada para a Avenida Rio Branco) e das cúpulas, a renovação da reserva técnica e dos laboratórios de restauro de obras e a solução de problemas de infraestrutura — da modernização de caixas d’água à troca de sistemas de segurança. Neste ano, o museu ganhou outros R$ 20 milhões (via PAC das Cidades Históricas, verba do governo direcionada pelo Iphan a patrimônios importantes do país).

Com os novos recursos, vêm as novas promessas. A direção do MNBA planeja agora estender a climatização às áreas de circulação do museu — hoje muito abafadas, elas servem apenas de rota de fuga para o público, que, nos dias de calor, procura as salas com ar-condicionado, deixando vazios os corredores. Outra meta é instalar portas de vidro na entrada principal (a fim de reduzir a poluição e o barulho do trânsito intenso na Avenida Rio Branco). O museu ainda planeja construir um elevador panorâmico numa de suas fachadas laterais, a da Rua Heitor de Melo.

Programação prejudicada

O projeto de “adoção” dessa rua pelo museu é, aliás, o mais animado dos planos da diretora do MNBA. Segundo ela, a prefeitura conclui neste semestre o processo de “doação” da rua, que será fechada e ficará sob responsabilidade do museu. Assim, a instituição cuidará de sua segurança e limpeza e, por outro lado, poderá usar a área para um pequeno estacionamento para visitantes e também para o embarque e desembarque de obras de arte — o museu empresta, por ano, mais de 200 peças de seu acervo.

A abertura de um café e de um restaurante, duas promessas antigas do museu, devem sair do papel finalmente em maio deste ano, garante a diretora da instituição.

Em meio às reformas, a programação ficou, nas palavras de Monica, “naturalmente prejudicada”. O público, de fato, despencou: em 2002 (ano em que abrigou uma exposição do cartunista Mauricio de Sousa), o museu recebeu 251 mil visitantes; em 2007, foram pouco mais de 30 mil pessoas — naquele ano, as obras estavam mais avançadas e parte das áreas expositivas foi fechada.

No ano passado, com raridades trazidas do Vaticano para uma mostra dentro da programação da Jornada Mundial da Juventude, a visitação cresceu: foram 150 mil visitantes — número ainda assim bem distante dos de outros museus que, como o MNBA, têm importância histórica, como o Masp, em São Paulo, que recebeu 730 mil visitantes em 2013, e incomparável aos de museus internacionais, como o British Museum, em Londres, que ostentou público de cinco milhões de pessoas em 2013.

— As obras agora provavelmente vão comprometer o museu e a visitação novamente… Como gestora, é claro que eu gostaria de ter tudo pronto e ficar só pensando em cursos, belas exposições, livros, mas é preciso lidar com grandes sonhos e pequenas frustrações — lamenta Monica.

Nos anos 1990, o Museu Nacional de Belas Artes recebeu mostras de peso, de artistas como Auguste Rodin (1995), Claude Monet (1997) e Salvador Dalí (1998). Atualmente, abriga a 2ª Bienal de Caricatura e prepara mostras de escultura do italiano Gian Lorenzo Bernini e de desenhos de Daniel Senise, entre outras exposições para o ano que, além da Copa do Mundo, tem no calendário a 31ª Bienal de São Paulo.

A verba para a programação cultural do MNBA é mais tímida do que a destinada às reformas e é dividida com a manutenção do prédio. Em 2012, por exemplo, o museu teve R$ 4 milhões para fazer exposições e para pagar contas de luz e água. No ano passado, pediu ao governo R$ 8 milhões (e obteve R$ 6 milhões).

Com a morosidade das reformas, serviços tidos como de modernização dez anos atrás já estão desatualizados (a segurança eletrônica, por exemplo).

— Essas coisas avançam numa velocidade que uma instituição pública, com sua série de licitações, não consegue acompanhar — afirma a diretora. — Quando o prédio foi criado, não existia essa série de demandas de tecnologia hoje tão necessárias. Um museu contemporâneo necessita de equipamentos e de infraestrutura para atender os visitantes, preservar o acervo e dar conforto aos funcionários. Quer dizer, a gente não tinha ar-condicionado, não tinha segurança eletrônica e outras demandas do mundo contemporâneo.Plano de um prédio anexo

Apesar de tantas promessas vencidas, a diretora diz não acreditar que a imagem da instituição tenha ficado desgastada para o público. Não é ruim saber que o MNBA é um tanto conhecido como “aquele museu que vive em reformas”?

— Não faz mal, não. As pessoas ainda vêm aqui — diz Monica, para em seguida voltar a comentar a opção de reformar sem fechar as portas. — Demora, é mais lento, e você não tem um resultado imediato. Mas isso não me importa, esse tipo de observação… As pessoas que vivem na instituição sabem do dia a dia, das dificuldades.

O MNBA faz parte das 30 instituições sob o guarda-chuva do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), e o presidente do órgão, Angelo Oswaldo, diz não lamentar o fato de as reformas não estarem concluídas para a Copa e as Olimpíadas.

— Como instituição dinâmica, um museu sempre demanda iniciativas — defende Oswaldo, para em seguida lançar novo projeto: o Ibram, segundo ele, negocia com órgãos do governo federal a doação de imóveis no Centro do Rio para criar um anexo do Museu Nacional de Belas Artes. — Um museu nunca está pronto.

Década de obras

2004 e 2005. O museu começa as análises dos problemas e as reformas de sua reserva técnica e da infraestrutura interna do edifício.

2006. Tem início o restauro da fachada principal, das cúpulas e dos laboratórios de restauro de obras de arte, além da climatização de áreas expositivas.

2007. O museu restaura as fachadas das ruas laterais Araújo Porto Alegre e México.

2008. Instala-se a segurança eletrônica, além da climatização de salas expositivas.

De 2009 a 2013. Restauro da portaria,reforma da biblioteca e climatização do segundo andar, entre outros reparos.

A partir de 2014. O museu quer recuperar a pintura original de seu hall de entrada, planeja restaurar a fachada da Rua Heitor de Melo (que será fechada e “adotada” pelo MNBA). Há planos de construir um elevador de vidro na mesma fachada.

Parque Nacional da Tijuca sofre com insegurança e conservação precária

Laura Antunes

Na cidade onde o sol brilha impiedosamente há semanas, ter como vizinho um pedaço generoso de Mata Atlântica, com quatro mil hectares, é um privilégio e tanto. E, à medida que a temperatura sobe, cachoeiras e recantos do Parque Nacional da Tijuca se tornam um oásis ao alcance de cariocas e turistas. Mas, além de consenso em beleza, esse território verde encravado na área urbana é alvo de queixas por parte dos frequentadores. A principal diz respeito à permanente sensação de insegurança. Há reclamações ainda sobre a ausência de sinalização turística (ou a má conservação das placas), o desleixo na manutenção do parque, a quase inexistência de opções para alimentação e a superlotação das cachoeiras, além do trânsito caótico nos pontos mais visitados. Para os frequentadores, fica a sensação de que os cuidados com o parque estão aquém de sua importância. Afinal, ele abriga uma das sete novas maravilhas do mundo, o Cristo Redentor.

— É uma pena. Quem passa pelo Horto e pelas Paineiras percebe o abandono do parque, a começar pela sinalização ruim. Uma área com tantos turistas não tem placas com informações básicas, como indicação para as principais atrações e a distância até elas, por exemplo. Além disso, a sensação de insegurança é grande. Você percorre quilômetros sem ver policiamento — reclama o empresário e maratonista Marcelo Leite, que, no ano passado, quase teve o relógio arrancado por dois ladrões, que pularam na mata quando ele passava pelo setor do Horto.

Vista Chinesa: encantamento e cuidado

Por medo de assalto, aliás, o paleontólogo argentino Juan Porfiri, que visitou o parque na última sexta-feira com a mulher e os dois filhos, preferiu não levar nada de valor. Até o relógio ficou no hotel. O conselho partiu da própria mulher, que é carioca. Ele conta ter tido dificuldade para se deslocar pela região de carro devido à falta de placas. Mas, ao chegar à Vista Chinesa, Juan ficou deslumbrado.

— Eu vim com receio e, realmente, não vimos policiamento até chegarmos à Vista Chinesa, que na minha opinião tem a paisagem mais linda do Rio. O parque é uma maravilha, mas peca pela falta de placas com informações sobre os pontos turísticos para quem chega pela primeira vez. Não sei, por exemplo, que atrações haverá pelo caminho, após sairmos do mirante — queixa-se Juan, que mora com a família na Patagônia.

O calorão foi a deixa para que outra família, esta carioca do Rio Comprido, visitasse o parque pela primeira vez, também na sexta-feira. A ideia era passar o dia em uma das cachoeiras. O grupo, de cinco pessoas, optou por ir de ônibus até o Horto e subir a pé até a Cachoeira do Quebra.

— Nossa sorte é que havia um vigilante na entrada e nos disse que a cachoeira fica perto. Não tem uma placa indicando. Queria visitar depois a Vista Chinesa, mas não sei se é longe para ir a pé — diz a estudante Carolina de Oliveira Ferreira, que propôs o passeio à família no lugar de ir à praia. — Também ficamos com receio porque não vimos patrulhas da PMs na via.

E tanto a Cachoeira do Quebra como a Vista Chinesa são alvo de queixas. Nos dois locais há congestionamentos nos fins de semana, por causa do carros estacionados ao longo da pista. O trânsito simplesmente para.

— É uma loucura. Vira terra de ninguém. Sem fiscalização, as pessoas param em qualquer lugar — queixa-se a consultora de RH Marilda Gonçalves, que costuma correr, principalmente pelas Paineiras, acompanhada por amigos por questão de segurança. — Os cuidados com o parque são poucos. As árvores que caíram no último temporal na pista do Horto, por exemplo, até hoje não foram retiradas. Estão todas amontoadas nas laterais. Isso dá uma aparência de desleixo. E também quase não há lixeiras ao longo da estrada.

O fotógrafo e ciclista Fred Bailoni é outro frequentador que adora o parque, mas vê problemas:

— Como conheço bem o lugar, não me perco, mas faltam placas. Há alguns anos, fui assaltado e me levaram a câmera. Agora, não trago mais. Uma área turística como esta merece cuidados.

Mas há pontos positivos. Recentemente, o asfalto do parque, no setor do Horto, foi recapeado, o que ganhou elogios dos frequentadores.

— Achei que a obra ficou muito boa. O piso está lisinho — afirma a empresária Luana Silva Mota, que costuma correr e pedalar por lá.

Parque tem gestão compartilhada

Outro setor do parque, no entanto, a Floresta da Tijuca também coleciona queixas sobre a sinalização insuficiente e em mau estado de conservação, a existência de poucos vigilantes para orientar o público, a falta de locais para fazer refeições e comprar bebidas e as cachoeiras lotadas.

— Quanto venho com turistas, já trago água e refrigerante porque aqui não tem para comprar. Há poucos banheiros, e nem sempre há papel e água. A Cachoeira das Almas, uma das preferidas, tem péssima sinalização. Tem gente que se perde na hora de voltar porque há duas trilhas. Ao meu ver, faltam ao parque funcionários treinados para orientar o público — diz Antonio Nápoles, guia de turismo veterano.

O Parque Nacional da Tijuca é subordinado ao Instituto Chico Mendes, do Ministério do Meio Ambiente, e sua gestão é compartilhada entre os governos federal, estadual e municipal. Procurada pelo GLOBO, a direção do parque não quis se manifestar sobre os problemas de conservação apontados pelos frequentadores.

Com relação à segurança (feita por vigilantes, guardas municipais e PMs), o comandante do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas (BPTur), tenente-coronel Cândido da Silva, informa que o policiamento do parque é compartilhado pelos batalhões das áreas correspondentes (que mantêm patrulhas circulando pela região) e que cabe ao BPTur patrulhar os pontos turísticos, como Vista Chinesa, estação do Corcovado e acesso das vans ao Cristo. A unidade mantém oito policiais por turno e quatro veículos, além de apoio de homens em bicicletas na área das Paineiras, atualmente fechada a veículos. Ele garantiu que até a Copa haverá um reforço de mais 20 homens:

— O BPTur receberá, como ocorreu na Jornada Mundial da Juventude e na Copa das Confederações, um aumento de efetivo de mais 130 homens para reforço nas áreas turísticas. Parte irá para o Parque da Tijuca.

Rio terá prejuízo de R$ 18,7 bi com feriados até o fim do ano

Perdas atingem setores do comércio, serviços e indústria. Cifra sobe a R$ 25,3 bi com a Copa

HENRIQUE MORAES

Cerca de R$ 18,7 bilhões. Este é o prejuízo estimado com os feriados nacionais e estaduais previstos para ocorrer no Estado do Rio este ano nos setores de comércio, serviços e indústria. Enquanto o Clube de Diretores Lojistas do Rio (CDL-Rio) estima perdas de R$ 13,2 bilhões nos dois primeiros segmentos, o Sistema Firjan prevê, em estudo divulgado ontem, um rombo de aproximadamente R$ 5,5 bilhões na produção industrial.

O Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro estima perdas de R$ 13,2 bilhões nos setores do comércio e de serviços com os feriados este ano no Estado do Rio Foto: Fernando Souza/ Agência O Dia

E caso sejam decretados os quatro feriados a mais para os jogos da Seleção Brasileira na Copa do Mundo — em dias de semana de junho com o Brasil avançando as oitavas de finais, a cifra sobe para R$ 25,3 bilhões no acumulado dos três setores.

Em nota técnica divulgada pela Diretoria de Desenvolvimento Econômico, a Firjan defende a revisão de todos os feriados e o fim dos “enforcamentos” com a antecipação para segunda-feira das datas que caírem de terça-feira a sexta-feira. Gerente de Economia e Estatística da Firjan, Guilherme Mercês afirma que cada dia parado na indústria no estado representa prejuízo de R$ 550 milhões. Já em períodos de “enforcamento” há perdas de pelo menos 50% deste valor. Ou seja, cerca de R$ 275 milhões por dia sem trabalho.

ANTECIPAÇÃO

De acordo com Mercês, existem três projetos de lei tramitando no Congresso Nacional propondo a antecipação dos feriados para segunda-feira. Ele explica que no Senado tramitam em conjunto os Projetos de Lei da Câmara 108 e 296, ambos de 2009, que dispõem sobre o adiamento dos feriados. Já na Câmara dos Deputados, há o PL 2.257/2011, que é similar aos dois do Senado.

“Esperamos que nosso estudo jogue luz sobre a discussão deste assunto de extrema importância. A mudança não resolveria o problema, mas seria uma forma de amenizar as perdas”, avalia.

Mercês informa ainda que projetos tratam algumas feriados como excessivo. São eles: 1º de janeiro, Carnaval, Sexta-Feira Santa, 1º de Maio, Corpus Christi, 7 de setembro e 25 de dezembro. O especialista da Firjan ressalta também que muitos países da Europa estão reduzindo seus feriados. “Portugal, por exemplo, eliminou recentemente quatro feriados de seu calendário nacional. Isto é uma tendência mundial”, defende.

Os setores de comércio e serviços perdem R$ 1,1 bilhão por dia parado

Presidente do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro (CDL Rio), Aldo Gonçalves estima que os setores de comércio e serviços tenham perdas diárias de R$ 1,1 bilhão com os feriados. “Só na cidade do Rio este prejuízo chega a R$ 725 milhões por dia nesses dois setores”, informa o dirigente da entidade.

Também presidente do Conselho Empresarial de Comércio de Bens e Serviços da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Gonçalves avalia que não há necessidade de decretar feriado no Rio em dias de jogos da seleção . “Só haverá jogo no Rio se o Brasil for para a final. Todos vão acompanhar as partidas pela TV. O comércio poderia parar meia hora antes do jogo e retornar depois, dependendo da atividade”, avalia Gonçalves.

A advogada Ana Lúcia Fernandes, de 34 anos, aprova a antecipação dos feriados para segunda-feira. “Não gosto quando há folgas prolongadas durante a semana. Perde-se muito o ritmo do trabalho”, opina. O advogado João Carlos Paes, 59, também é a favor de acabar com os enforcamentos. “Acho um absurdo ter tantos dias parados para comemorações no país. Tem feriado para tudo”, avalia Paes.

Já a pedagoga Ieda Ayres, 52, discorda da proposta da Firjan. “Sou contra emendar feriado, mas não concordo com a antecipação para segunda-feira. Uma data comemorativa tem história e precisa ser respeitada”, analisa.

Na Copa do Mundo, a equipe brasileira jogará suas três partidas da primeira fase em dias úteis de junho: 12 (quinta-feira, às 17h, contra a Croácia, em São Paulo), 17 (terça-feira, às 16h, contra México, em Fortaleza) e 23 (segunda-feira, às 17h, contra Camarões, em Brasília). Se chegar à semifinal, o Brasil jogará dia 8 ou 9 de julho (terça-feira ou quarta-feira). Os outros quatro jogos possíveis serão aos sábados ou domingos.

Setor de óleo e gás atrai indústrias de aço ao RJ

A exploração de petróleo e gás em águas profundas deverá atrair para o Rio de Janeiro investimentos em um novo segmento, o de forjarias de aços especiais.

A empresa italiana Marcora, em parceria com o grupo brasileiro Gaia, planeja instalar uma planta industrial com aporte estimado em R$ 120 milhões no município de Seropédica, a cerca de 70 km da capital fluminense.

A fábrica deverá produzir aproximadamente 40 mil toneladas em equipamentos de aço para extração de petróleo em condições submarinas.

A companhia já fornece suprimentos do gênero para o setor petrolífero nacional, mas atualmente as peças são importadas de sua unidade localizada em Milão.

“Esses investimentos vão reforçar a cadeia de óleo e gás com um elo que hoje ainda não possui empresas em operação”, afirma Julio Bueno, secretário estadual de Desenvolvimento do Rio.

Procurado, o grupo brasileiro que faz parte do negócio confirmou as informações, mas não quis falar -mais detalhes serão divulgados em março, quando o projeto será oficialmente lançado.

Outra empresa italiana do mesmo segmento, a Galperti, comprou uma área em Duque de Caxias para investir R$ 65 milhões em uma planta industrial, ainda segundo a administração estadual.

Desde o ano passado, o governo do Rio trabalha na formação de um polo específico de companhias de serviços e suprimentos do setor de exploração submarina.

“Hoje, já são 85 empresas no Estado na área de ‘subsea’, mas há potencial para crescer mais”, afirma Bueno.

Novo shopping na Baixada vai criar 3.200 empregos em 2015

Empreendimento em N. Iguaçu de R$ 300 milhões será primeiro multiúso da região

Nova Iguaçu ganhará no ano que vem o primeiro shopping multiúso da Baixada Fluminense, o Shopping Nova Iguaçu — empreendimento que reunirá no mesmo local torres comerciais e hotel — e criará, durante as obras, 2.250 empregos diretos e indiretos e, depois de pronto, outros 3.200 somente no local.

Com área inicial de 45 mil metros quadrados e investimento de R$ 300 milhões, o empreendimento ficará na Av. Abílio Augusto Távora 1.061 (antiga Estrada de Madureira), no Centro, próximo à Rodovia Presidente Dutra e à Via Light, e contará com 235 lojas, cinco âncoras (grandes marcas), 13 megalojas, praça de alimentação, além de quatro restaurantes e estacionamento com 2.200 vagas.

O Shopping Nova Iguaçu pertence a Ancar Ivanhoe, que é responsável por outros centros, como Nova América, Botafogo Praia Shopping, Rio Design Leblon, Boulevard Rio Shopping, São Gonçalo Shopping e Downtown.

“Ele será bastante democrático”, garante Evandro Ferrer, presidente da Ancar Invanhoe, sobre o empreendimento. Segundo Evandro, a escolha por Nova Iguaçu se deve ao fato de a cidade ser a “grande capital da Baixada Fluminense”: “Lá existem 800 mil habitantes a procura de serviços muito maior do que a oferta atual.”

Outra novidade é a integração entre marcas consagradas nacionalmente com as respeitadas na região. De acordo com ele, a ideia é conseguir mudar o hábito de consumo de clientes em relação ao comércio de rua ao do shopping. No mercado há 40 anos, a Ancar Ivanhoe é uma das líderes do setor: detém 24 empreendimentos em todo o Brasil e está presente em 70, em todo o mundo.

Movimento de 15% do PIB do estado

O fato de a Baixada Fluminense movimentar cerca de R$ 50 bilhões por ano — 15% do PIB do estado — foi o responsável pela escolha da região para receber o oitavo empreendimento da Ancar Ivanhoe, segundo Evandro Ferrer, presidente do grupo. “Em Nova Iguaçu, 78% da população pertencem às classes B e C. Além disso, a cidade também recebe população de outros municípios, como Nilópolis, Mesquita, São João de Meriti e Belford Roxo”, justifica.

 

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