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Restauração de uma Jóia Colonial

Os monges beneditinos deram ontem glória a Deus nas alturas, na tradicional missa,a única da cidade com canto gregoriano. O BN DES aprovou projeto para a restauração da Igreja de Nossa Senhora de Montserrat (um tesouro do barroco), construída entre 1633 e 1671. Joia preciosa de nossa arte colonial, este templo integra o conjunto arquitetônico do Mosteiro de São Bento —tombado pelo Iphan em 1938 — no entorno da Praça Mauá, na Zona Portuária do Rio. O apoio financeiro é de R$ 8,7 milhões, por meio da Lei Rouanet. O projeto inclui também a implantação de um programa de visitação, com monitores e educadores, além de sistema de audioguia. Nas capelas, as obras envolvem a recuperação das paredes, imagens, castiçais e lampadários. Vai ficar um brinco de tão bonito.

PDG espera lançar em 2014 mesmo patamar de 2013

Chiara Quintão

A PDG Realty estima que os lançamentos de 2014 ficarão no mesmo patamar de 2013, de acordo com o vice-presidente de operações imobiliárias, Antonio Guedes. A empresa não tem meta formal de quanto pretende lançar. No ano passado, a PDG lançou R$ 2,01 bilhões, 14,2% acima do Valor Geral de Vendas de R$ 1,76 bilhão de 2012.

“Dependendo das condições [de mercado], os lançamentos poderão ser um pouquinho maiores”, diz Guedes.

No primeiro trimestre, a incorporadora fez dois lançamentos no Rio de Janeiro. Em abril, a PDG lançou um projeto no Rio e outro em São Paulo. A PDG está programando a retomada de lançamentos fora desses dois mercados, segundo Guedes.

A companhia não vai divulgar prévia de resultados operacionais neste trimestre.

O vice-presidente de operações imobiliárias ressaltou que a PDG voltou a comprar terrenos no fim do ano passado. No primeiro trimestre, a incorporadora adquiriu áreas em São Paulo e no Rio de Janeiro.

De acordo com o executivo, as entregas de empreendimentos “estão indo muito bem”, e a PDG tem dado continuidade ao processo de repasses. “Estamos fazendo o que estava programado”, afirmou Guedes.

O segmento de loteamentos deve corresponder a 20% do Valor Geral de Vendas (VGV) a ser lançado neste ano. A PDG esperava que essa proporção seria alcançada em 2013, mas devido a atrasos na obtenção de licenças para projetos de loteamentos, a fatia ficou em 10% do total.

‘Calçada Livre’ chega na Praça Arariboia e Charitas

Ações de ordenamento começarão no fim do mês no entorno das estações das barcas. Força tarefa atuará na repressão à vendedores ambulantes e estacionamento irregular

Igor Mello

A Praça Arariboia, no Centro de Niterói, já é alvo de fiscalizações devido ao estacionamento irregular. Foto: Marcelo Feitosa

Cartão de visita para quem vem do Rio de Janeiro para Niterói, o entorno da estação das barcas será o próximo alvo da Operação Calçada Livre, coordenada pela Secretaria de Ordem Pública (Seop). A Praça Arariboia, que recebe grande movimento de passageiros diariamente, receberá atenção especial.

De acordo com o secretário de Ordem Pública, coronel Marcus Jardim, uma força-tarefa formada pela sua pasta, pela NitTrans e pelas secretarias de Conservação e Assistência Social, atuará nos dois pontos a partir de 28 de abril. Os ambulantes e o estacionamento irregular de motocicletas serão reprimidos na Praça Arariboia, segundo ele.

“Com o fechamento da Perimetral, o número de passageiros das barcas aumentou 40%. E junto com ele aumentou também o número de infrações. Vamos reprimir os ambulantes, o estacionamento irregular de motocicletas e todos que violam o Código de Posturas. Queremos dar condições de circulação para aquela massa de pessoas”, explica.

A Prefeitura está estudando a implantação de bolsões de estacionamento para motos nas imediações da Praça Arariboia. A ideia, segundo Jardim, é reproduzir o que já é feito com os dois bolsões de estacionamento na Praia de Camboinhas, na Região Oceânica. Assim como já foi feito na experiência anterior, a administração dos espaços ficaria a cargo da Superintendência de Terminais (Suter) e o valor cobrado pela diária seria popular. A Secretaria de Conservação também atuará no local melhorando a iluminação e recuperando os canteiros e jardineiras da região. Já a Secretaria de Assistência Social deve atuar junto à população de rua que vive na Praça Juscelino Kubitschek, efetuando o recolhimento de dependentes químicos para as instituições competentes. Tal medida deve ajudar a reduzir a ocorrência de delitos de menor potencial ofensivo, como roubos e furtos a pedestres na região.

“Acreditamos que isso ajude a reprimir os crimes, também vamos convocar a Polícia Militar para nos ajudar nesse trabalho”, informa.

Alterações – Ainda segundo o secretário de Ordem Pública, as mudanças na região, especialmente no que diz respeito ao estacionamento de motos, devem ser amplamente divulgadas e o plaqueamento com a nova sinalização já deve estar disponível antes do começo da Operação Calçada Livre. Jardim acredita que a confusão causada com mudanças de estacionamento no Centro não deve se repetir desta vez. Ele ainda afirma que a Guarda Municipal e os fiscais de postura devem atuar em horário diferenciado, incluindo o período noturno, e com efetivo reforçado nos horários de maior fluxo de passageiros nas barcas.

Contudo, o trabalho de fiscalização a violações ao Código de Posturas deve começar imediatamente, mesmo antes do reforço provocado pela Operação Calçada Livre.

“Àquilo que gera dúvida cabe orientação. O que já é sabidamente irregular será reprimido imediatamente”, alerta Marcus Jardim.

Expansão do metrô inclui Santa Marta e Humaitá

Governo pagará até R$ 35 milhões para empresa que fará o projeto para ligar Gávea à Carioca

AMANDA RAITER

Prevista nos planos de expansão do metrô do Rio desde a década de 70 mas esquecida na prática, a ligação da Gávea ao Centro está finalmente em vias de começar a se concretizar. Ontem, último dia em exercício do governador Sérgio Cabral, foi publicado no Diário Oficial o início do processo de licitação para a escolha da empresa que irá elaborar o projeto básico e os estudos ambientais para a construção do trecho Gávea-Carioca.

A ideia é que o percurso de 10 quilômetros de extensão tenha oito estações, ligando, na Gávea, a Linha 4 que vai até a Barra, ao Largo da Carioca, no Centro. A definição dos locais exatos das estações ainda dependerá dos estudos, mas a Casa Civil informou que deverão ser contemplados com paradas do metrô a Praça Santos Dumont (Gávea), o Jardim Botânico, Humaitá, Largo dos Leões, Morro Dona Marta e Santa Teresa. Ainda segundo o órgão, na Carioca, haveria uma nova estação de integração. No projeto antigo de expansão do metrô, o túnel passaria pelo Cosme Velho e Laranjeiras.

Foto: Arte: O Dia

O professor de Engenharia de Transportes da PUC-Rio, Fernando Mac Dowell, tem questionamentos sobre a eficiência da integração do novo trajeto com a Linha 4, na Gávea, mas avalia que o novo trecho será benéfico especialmente para o Jardim Botânico. “É uma região de tráfego intenso quase o dia inteiro e com muitos semáforos. Para aquele bairro, a entrada do metrô era realmente a única solução e já era discutida em governos anteriores”, afirmou Mac Dowell.

O ato no Diário Oficial, assinado pelo chefe da Casa Civil, Regis Fichtner, que também deixou o cargo ontem, prevê que o valor máximo a ser pago para o vencedor da licitação será de R$ 35 milhões, vindos do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). A empresa escolhida terá realizar estudos e análises de demanda, orçamento, impactos ambientais, segurança e verificar a viabilidade técnica e econômica do empreendimento.

Tatuzão só termina Linha 4 no fim de 2015

A ideia da expansão do metrô por Botafogo é aproveitar o Tatuzão (TunnelBoringMachine), que está sendo usado para construir os túneis da Linha 4, de Ipanema à Gávea. De lá até a Barra, são realizadas explosões e outras técnicas mais adequadas ao terreno rochoso. A previsão é de que o equipamento termine o trabalho na Linha 4 no fim de 2015. Só a partir daí, é que poderia ser usado no novo projeto.

Cabral, Pezão e os secretários Regis Fichtner e Julio Lopes no início da perfuração do Tatuzão, em Ipanema Foto: José Pedro Monteiro / Agência O Dia

O “tatuzão” pesa 2.700 toneladas e possui 120 metros de comprimento (do tamanho de um prédio de quatro andares). O equipamento veio desmontado da Alemanha, onde foi fabricado, e custou R$ 100 milhões.

Malha ideal para a cidade

O governo estadual informou também ontem que estão em estudos outras ampliações do metrô. Entre elas, os trechos Jardim Oceânico-Alvorada, na Barra, e Alvorada-Recreio dos Bandeirantes. Entre os estudiosos da área de transportes há, no entanto, várias ideias para se expandir os trilhos atuais.

Para os técnicos da concessionária MetrôRio, que opera o sistema atualmente, a “malha ideal” para a cidade seria obtida com a expansão da Linha 4, do Jardim Oceânico para o Terminal Alvorada e, de lá, para Jacarepaguá, Méier e Barão de Mesquita, na Tijuca, onde se interligaria com a Linha 1, que atualmente termina na Estação Uruguai.

Além do trecho anunciado ontem pelo governo estadual, os técnicos do MetrôRio gostariam de ver um túnel sob o Maciço da Tijuca, que ligasse a Gávea até uma futura estação Barão de Mesquita. Para o professor Fernando Mac Dowel, a prioridade no momento deria ser a ligação Estácio-Praça 15, passando pela Estação Carioca.

BRT vai cortar área de Mata Atlântica

Novo traçado do Transolímpica, que ligará a Barra a Deodoro, reduzirá de 497 para 25 as desapropriações

CHRISTINA NASCIMENTO

Uma área da Mata Atlântica que equivale a aproximadamente 20 campos de futebol vai ser extinta para dar lugar ao corredor Transolímpica, que ligará a Barra da Tijuca a Deodoro. O decreto, que permite a supressão de 19,98 hectares de vegetação, foi publicado ontem, no último Diário Oficial do Estado em que Sérgio Cabral assina como governador. No despacho, ele usa como argumento a lei federal que autoriza a retirada da mata em caso de utilidade pública.

A Secretaria Municipal de Obras garante que a decisão foi tomada para reduzir o número de desapropriações nas imediações da Colônia Juliano Moreira. “A secretaria fechou um novo traçado para o corredor expresso Transolímpica, em Curicica. O traçado antigo beirava as Estradas de Curicica, André Rocha, do Guerenguê e do Outeiro Santo, e exigia 497 desapropriações formais nessa região”, afirmou o órgão em nota.

Para compensar a extinção da vegetação, prefeitura fará plantio de 40 hectares de espécies no Parque da Pedra Branca, em Jacarepaguá Foto: Vander Alvim / Agência O Dia

O novo traçado vai passar dentro da Colônia Juliano Moreira, o que vai reduzir para 25 a quantidade de remoções. A prefeitura disse que para compensar a extinção da vegetação fará o plantio de 40 hectares de espécies encontradas na Mata Atlântica dentro do Parque Estadual da Pedra Branca.

O ambientalista Mario Moscatelli disse não bastar replantar espécies. “Um reflorestamento desse leva 20, 30 anos. Não é tão fácil assim. É fundamental que tenha um trabalho de manutenção permanente. O que tem de ser discutido é a relevância da área que terá corte e qual é o tipo de espécie que tem lá dentro”, afirmou ele.

De acordo com o Inea, há uma licença, expedida em 19 de abril de 2013, que permite a retirada da vegetação por causa da construção do BRT. O decreto apenas reiterada a autorização. Do que será extinto, há 19,60 hectares de vegetação em estágio médio — reflorestada ou em fase de recuperação — e 0,38 hectares em fase avançada de regeneração.

Segundo o último relatório da organização SOS Mata Atlântica, feito em parceira com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o estado do Rio tinha, em 2012, 814.935 hectares remanescentes de mata, o que representa 18,6% da vegetação original.

Novo corredor terá 23Km e passará por nove bairros

O novo corredor terá 23 quilômetros e vai passar por Barra, Recreio dos Bandeirantes, Camorim, Curicica, Taquara, Jardim Sulacap, Magalhães Bastos, Vila Militar e Deodoro. Em 2011, um relatório da prefeitura mostrou que a região da Zona Oeste, por onde vai passar a maior parte do BRT, é a que tem maior concentração de cobertura vegetal em hectares da Mata Atlântica.

No Rio, há nove bairros com mais de 50% de cobertura da Mata Atlântica. Desses, sete ficam na Zona Oeste, e dois, na Zona Sul. As dez principais áreas de Mata Atlântica do Rio de Janeiro são: Floresta do Gericinó-Mendanha, Floresta da Tijuca, Floresta da Pedra Branca, Campos de Sernambetiba, Restinga da Marambaia, Parque Natural Municipal de Grumari, Parque Natural Municipal da Prainha, Reserva Biológica e Arqueológica de Guaratiba, Área de Proteção Ambiental das Brisas, Área de Proteção Ambiental das Tabebuias

O Transolímpica já foi alvo de questionamentos do Tribunal de Contas do Município (TCM-RJ), no ano passado. Em um relatório publicado em outubro, o órgão fiscalizador questionou ‘a defasagem (no calendário da obra) e disse que o atraso causava grande preocupação.’ No documento ainda, os técnicos chamam atenção para o fato de que o corredor de ônibus ‘está inserido na matriz de responsabilidades dos Jogos Olímpicos de 2016 a serem realizados pela cidade’. O BRT foi um compromisso assumido pela cidade do Rio com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para 2016. A prefeitura promete inaugurar o Transolímpica no final de 2015.

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