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‘Nunca vi um projeto dessa escala sendo feito tão rapidamente’, diz arquiteto sobre Zona Portuária

Em visita ao Rio, o presidente do Instituto Americano de Arquitetos, Mickey Jacob,se impressionou com o processo de revitalização

Fabíola Gerbase

Mickey Jacob no Museu de Arte do Rio, um dos lugares que visitou na companhia de representantes de nove escritórios americanos Ana Branco

RIO – Depois de visitar o Rio em busca de oportunidades de negócios para escritórios de arquitetura americanos, o presidente do Instituto Americano de Arquitetos, Mickey Jacob, deixou a cidade nesta terça-feira com algo que não esperava: um exemplo bem-sucedido de projeto urbano de grande porte para apresentar nos Estados Unidos. Jacob visitou as obras do Porto, conheceu a proposta de revitalização e afirmou nunca ter visto intervenção de tamanha complexidade sendo desenvolvida em tão pouco tempo. Envolvido num trabalho junto à Casa Branca que pretende tornar mais ágil a execução de grandes projetos urbanos no país, Jacob acredita que o Porto carioca se trata de “um modelo a estudar”, tanto do ponto de vista arquitetônico, de modelo de gestão e financiamento. O arquiteto, que tem um escritório na Florida e 32 anos de experiência, conversou com o GLOBO no Museu de Arte do Rio, na Praça Mauá.

Qual foi sua impressão sobre o projeto para o Porto?

O que mais me impressionou foi sentir como a atenção dada ao design urbano realmente mudou o conceito de toda essa área, que será entregue aos pedestres, ciclistas. Serão criadas várias áreas verdes. E é uma intervenção que gera muitos empregos. Não vi até hoje um projeto dessa escala sendo feito tão rapidamente e tão bem. Vocês têm muita pressão para terminar tudo. Os olhos do mundo estão aqui. O maior desafio é a gestão desse projeto, que tem tantos pedaços a conectar. É alta a complexidade da operação. Quando vi o tamanho do buraco feito para a a escavação do túnel pensei em quanto planejamento está envolvido ali. Estivemos há pouco tempo em Toronto, no Canadá, que está passando por uma grande transformação também, e não vimos nada parecido com o conceito de desenvolvimento urbano apresentado aqui.

A derrubada da Perimetral causou muita discussão e polêmica na cidade. Como você avalia essa intervenção no contexto do projeto?

Essa derrubada é o ponto mais importante de todos. Sem esse elevado, você traz o projeto para o nível térreo, onde as pessoas podem estar. Em São Francisco, houve uma situação muito parecida nos anos 90. Um elevado que cortava a região conhecida como Embarcadero, no porto da cidade, foi derrubado, e criaram ali uma das mais interessantes áreas urbanas do mundo.

Em que áreas, além do Porto, estão as melhores oportunidades de negócios no Rio para os escritórios americanos?

Acredito que seja nas áreas de transportes, especialmente aeroportos, habitação e de construção de prédios escolares. Quanto melhor forem os projetos para espaços de educação, maior o incentivo ao estudo. Além de criar uma relação com os arquitetos e executivos daqui, queremos fazer melhores conexões com as universidades para intercâmbio de alunos.

Origem: O Globo 9/10/2013

Resolução do Urbanismo Municipal dispões sobre competencias de análises de projetos apresentados

Os projetos de construção de empreendimentos que se enquadrem nas características descriminadas a seguir serão analisados e licenciados na Coordenadoria de Licenciamento de Projetos Especiais (U/CGPE/CLE): I – Edificações com cinco ou mais pavimentos tipo; II – Grupamento de edificações com três ou mais blocos, excetuando-se os grupamentos de edificações uni e bi-familiares e os licenciados de acordo com a Lei nº 2079/93; III – Empreendimentos com mais de 10.000m² (dez mil metros quadrados) de área construída; IV – Empreendimentos potencialmente modificadores do meio urbano; V – Empreendimentos que, pelo seu porte ou sua localização, ocasionem impacto na vizinhança.Após o licenciamento pela U/CGPE/CLE os processos serão encaminhados às unidades descentralizadas da U/CGPE, onde aguardarão no prazo do alvará, devendo retornar àquela Coordenadoria somente em caso de substituição de projeto aprovado.

Conheça a Resolução SMU nº 1.103/13.

RESOLUÇÃO SMU Nº 1.103 DE 08 DE OUTUBRO DE 2013, (D.O.M. DE 09.10.2013)

Dispõe sobre a orientação técnico normativa dos órgãos descentralizados da Coordenadoria Geral
de Controle de Parcelamentos e Edificações da Secretaria Municipal de Urbanismo.
A SECRETÁRIA MUNICIPAL DE URBANISMO, no uso das atribuições que lhe são conferidas pela
legislação em vigor, e CONSIDERANDO a necessidade de agilizar os processos de licenciamento no âmbito da U/CGPE e
redistribuir as tarefas entre os técnicos dos órgãos descentralizados responsáveis pelo licenciamento,
de acordo com os diversos níveis hierárquicos;
RESOLVE:
Art. 1º – Fica aprovada a orientação técnica normativa concernente aos órgãos descentralizados da
Coordenadoria Geral de Controle de Parcelamentos e Edificações – CGPE e suas competências,
constantes no Anexo I desta Resolução.
§ 1º – Estas competências poderão ser limitadas, a critério do Coordenador Geral, Coordenadores e
Gerentes.
Art. 2º – Os projetos de construção de empreendimentos que se enquadrem nas características abaixo
descritas serão analisados e licenciados na Coordenadoria de Licenciamento de Projetos Especiais
(U/CGPE/CLE):
I- Edificações com cinco ou mais pavimentos tipo;
II- Grupamento de edificações com três ou mais blocos, excetuando-se os grupamentos de edificações
uni e bi-familiares e os licenciados de acordo com a Lei nº 2079/93;
III- Empreendimentos com mais de 10.000m² (dez mil metros quadrados) de área construída;
IV- Empreendimentos potencialmente modificadores do meio urbano;
V- Empreendimentos que, pelo seu porte ou sua localização, ocasionem impacto na vizinhança.

§ 1º – Após o licenciamento pela U/CGPE/CLE os processos serão encaminhados às unidades
descentralizadas da U/CGPE, onde aguardarão no prazo do alvará, devendo retornar àquela
Coordenadoria somente em caso de substituição de projeto aprovado.
§2º – A revalidação da licença e as modificações de grande porte ou complexidade, mesmo não
caracterizando substituição de projeto aprovado, também poderão ser encaminhadas à U/CGPE/CLE
para licenciamento, a critério dos Gerentes e Coordenadores.
Art. 3º – Os projetos de loteamento deverão ser visados pelo técnico responsável pelo exame e pelos
seus respectivos Gerentes de Licenciamento e serão aprovados pelo Coordenador Geral de Controle de
Parcelamentos e Edificações.
Art. 4º – As audiências técnicas serão concedidas todas as terças e quintas-feiras, das 14 às 17 horas,
devendo ser previamente agendadas.
Parágrafo Único – Haverá plantão técnico todas as segundas e quartas-feiras, das 14 às 17 horas,
exclusivamente para consultas e informações que não envolvam processos em andamento.
Art. 5º – Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

MARIA MADALENA SAINT MARTINS DE ASTACIO

Concurso Internacional de Ideias “Piensa Sol”

Com a Semana da Arquitetura em Madri, foi inaugurada a exposição  “Pasado, presente y futuro de Sol” no LASEDE COAM e foi, também, lançado o edital para o Concurso Internacional de Ideias “Piensa Sol”.

PIENSA SOL é uma reflexão sobre o futuro da Puerta del Sol de Madri, cujo objetivo é reunir propostas através de um concurso internacional de ideias, visando orientar o rumo da evolução deste lugar. Para isto, PIENSA SOL se estrutura em quatro fases complementares: exposição, concurso de ideias, participação cidadã e reflexão.

O concurso internacional de ideias solicita contribuições de todos que quiserem dar sua visão sobre como deve evoluir o local e seu entorno próximo. A competição se baseia no edital e será complementada com as informações obtidas através do processo de participação cidadã.

A exposição acontece no Colegio Oficial de Arquitectos e Madrid (COAM) de 30 de setembro a janeiro de 2014. A Puerta Sol é recriada espacialmente através de uma maquete na escala 1:10 da praça. O conteúdo da exibição é audiovisual, sendo apresentados tanto questões históricas como informações contemporâneas. A Biblioteca do COAM preparou um espaço específico onde podem ser consultados livros específicos sobre a Puerta de Sol e seus arredores.

A participação cidadã acontece através de consultas nas redes sociais (Twitter, Facebook, Instagram) e diversas a ações que têm lugar na Puerta del Sol. Este “sentir” cidadão busca envolver os madrilenhos de modo que possam ajudar a orientar as propostas, tendo como objetivo um melhor resultado. As conclusões destas consultas serão incorporadas à documentação do concurso para que sirvam de referência para as propostas dos participantes.

A reflexão propõe debates transversais de caráter multidisciplinar onde serão tratadas as principais implicações da Puerta del Sol e seu entorno. A participação de políticos, técnicos, comerciantes, historiadores, etc. nestes encontros é de grande interesse para que se crie um sentimento comum de qual deve ser o futuro de um dos maiores símbolos de Madri.

Presidido por:

Prefeita de Madri
Presidente da Comunidad de Madrid
Decano do COAM
e representantes das administrações

Jurados de prestígio internacional:

Rafael Moneo
Emilio Tuñón
Juan Herreros
Martha Thorne

Três prêmios:

– Primeiro lugar – 24.000 euros
– Segundo lugar – 9.000 euros
– Terceiro lugar – 6.000 euros

Calendário do Concurso

30 de setembro: lançamento do edital
Outubro: resposta para dúvidas frequentes
Outubro/novembro: consulta cidadã
Outubro/novembro: debates/reflexão
Dezembro: entrega das propostas
Dezembro: decisão do júri

Para mais informações: http://www.piensasol.com/

Concurso Nacional para a Casa de Rui Barbosa no Rio de Janeiro

O departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB-RJ e a Fundação Casa de Rui Barbosa lançam o Concurso Nacional de Projeto de Arquitetura para o Centro de Preservação de Bens Culturais da Fundação Casa de Rui Barbosa, a ser construído no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro.

Promoção:

Fundação Casa de Rui Barbosa

Organização:

Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RJ).

Quem pode participar:

Arquitetos em situação regular perante o Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), nos termos do Edital.

Tipo de concurso:

Nacional, em uma etapa, para contratação de projeto executivo.

Cronograma:

Prazo limite para inscrições e entrega : 25 de novembro de 2013

Resultado do concurso: 02 de dezembro de 2013

Premiação:

1º lugar: de R$ 35.000,00 (trinta e cinco mil reais);
2º lugar: de R$ 20.000,00 (vinte mil reais);
3º lugar: de R$ 15.000,00 (quinze mil reais).

Para mais informações e inscrições, consulte aqui a página oficial do concurso:http://concursoanexocasaderuibarbosa.iabrj.org.br/

Concessão de aeroportos: Galeão (RJ) e Confins (MG) – Andrade Gutierrez

‘Estamos na disputa por Galeão e Confins’, afirma presidente da Andrade Gutierrez

Presidente da Andrade Gutierrez diz que propostas por aeroportos serão competitivas, mas responsáveis

Irany Tereza e Antonio Pita

Mesmo após ficar de fora das primeiras concessões do governo, a CCR, empresa de concessões que tem a Andrade Gutierrez como um dos principais acionistas, não vai mudar a estratégia na briga pelos leilões dos Aeroportos do Galeão, no Rio, e Confins, em Minas, com os quais o governo espera arrecadar pelo menos R$ 5,9 bilhões. “Ter seis concorrentes ou ter oito não muda a estratégia”, diz Otávio Azevedo, presidente da Andrade Gutierrez. “Vamos fazer propostas competitivas, mas responsáveis.”

Como a empresa vai para o leilão de Galeão e Confins?

Exatamente como entramos na primeira disputa. Temos participações em aeroportos no Equador, Chile, pelos quais passam 15 milhões de passageiros. Sabemos fazer conta e sabemos a dificuldade de operar aeroportos. Estamos na disputa, vamos fazer propostas competitivas, porém responsáveis. A proposta do primeiro foi perdedora, mas a consequência, no dia seguinte, foi o aumento do preço das ações em 15%. Significa que o mercado reconheceu que fizemos certo.

O governo espera uma concorrência forte.

Pretendemos apresentar propostas para os dois. Ter seis concorrentes ou ter oito não muda a proposta. Em nosso entendimento, existe um erro de avaliação na demanda de Confins. O número de passageiros em 2012 foi menor do que em 2011. De 2013 para 2012, está estabilizado para queda. A diferença nos primeiros anos é o que mais pesa no fluxo de caixa.

Qual o cálculo para o limite de investimento nos aeroportos?

Do ponto de vista econômico-financeiro, a ótica da CCR é diferente da visão das concorrentes. Ela não participa com visão empreiteira, mas exclusivamente com a visão de negócio. Várias obras da CCR não são feitas pela Andrade Gutierrez. Para contratar, ela tem de ir ao conselho justificar o preço e ouvir o mercado. Essa é a grande diferença de estratégia.

O grupo vai investir em mais concessões de aeroportos?

A gente tem expectativa, mas o governo poderia acelerar o programa. É só ver as condições. Está muito lento. A tendência é nas capitais ser o mesmo modelo. Mas há regiões que podem liberar aeroportos privados, como o Rio.

Todas as concessões envolvem os mesmos players. Há capacidade financeira para tudo?

Não há. Quando a CCR precisa de dinheiro, ela tem capacidade de ir ao mercado se capitalizar. Ela hoje vale R$ 31 bilhões, é a maior concessionária do Brasil e uma das maiores do mundo em valor de mercado. Com o fluxo que tem de pedágios já definido nos contratos de longo prazo, ela tem capacidade de se financiar. Não pesa no balanço da Andrade Gutierrez. Estamos estruturando essa companhia há 13 anos e ela vem crescendo. A empresa vai participar de outras licitações rodoviárias e de aeroportos. Mas não vai participar, por exemplo, de licitações ferroviárias. A Andrade estuda (participar de ferrovias), não a CCR.

O modelo para as rodovias está atrativo?

Há a consciência muito correta do governo de que três ou quatro rodovias não são possíveis. Em outras quatro ou cinco haverá interesse. Temos em três. Há problemas pontuais, como o preço alto do pedágio. Não é do nosso interesse pedágio alto, isso significa estrada sem tráfego. Queremos pedágios justos. Tem de ter algum tipo de compensação no edital. As exigências de construção podem ser exercidas ao longo do tempo.

O que, em sua opinião, determinou o fracasso do leilão da BR-262?

Não é a primeira licitação que não sai. O projeto, quando é bom, tem concorrente. Quando é ruim, não tem. As pessoas têm constrangimento de falar, mas ninguém compareceu porque é muito ruim. Não é crítica ao governo, é a realidade da estrada. Existem outros projetos ruins e não sei se haverá concorrente.

Hoje, como a Andrade Gutierrez está estruturada?

Aquilo que foi criado há 65 anos, a construtora, é metade do resultado econômico-financeiro do grupo. Os investimentos representam outros 50%, com CCR, Sanepar, Contax e LogMed. No nosso ponto de vista, é melhor diversificar o risco, participando da estrutura de gestão e controle das companhias, mas diversificando os setores. Se tiver uma crise em um setor, não somos afetados. É quase um privateequity.

As manifestações abalaram as perspectivas de investir no País?

Apesar da extrema legitimidade dos protestos, o componente de arruaça prejudicou muito o Brasil e o apetite para determinados projetos. Imagina quem tem concessão de serviço público: pontos de ônibus, os próprios ônibus, praças de pedágio. Nós ficamos assustados. O componente bagunça traz insegurança. Impactou a percepção internacional de ver o Brasil como oportunidade. Mas é um movimento legítimo. Não sei como alguém pode ser contra uma coisa dessas, até porque existe a sensação de que se precisa protestar contra alguma coisa.

Origem: O Estado de S. Paulo, 7/10/2013

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