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Mercado imobiliário do Rio de Janeiro – Even

Even lança menos

Os lançamentos da Even Construtora e Incorporadora caíram 40% no terceiro trimestre, ante o mesmo período do ano passado, para R$ 392 milhões. No acumulado de janeiro a setembro, a empresa lançou R$ 1,191 bilhão. Em relatório, a companhia informou que mantém inalterada sua expectativa para o ano. Em outubro, foram aprovados projetos correspondentes ao Valor Geral de Vendas (VGV) potencial de R$ 608 milhões, a serem lançados ainda este mês. As vendas contratadas tiveram queda de 11,5% no trimestre, para R$ 363 milhões. Desse total, R$ 271 milhões se referem a vendas de estoques e R$ 92 milhões a comercialização de lançamentos. A velocidade de comercialização medida pelo indicador VSO (vendas sobre oferta) do trimestre foi 16%. No acumulado de nove meses, as vendas contratadas somaram R$ 1,395 bilhão.

Origem: Valor Econômico, 17/10/2013

Odebrecht entrega primeira escola no modelo de PPP

Marcos de Moura e Souza

Num bairro pobre da periferia de Belo Horizonte, o edifício colorido e recém-inaugurado parece até um cenário. Os brinquedos sobre a grama nova estão reluzindo, assim como o chão e as mesinhas onde as crianças fazem seu lanche da tarde. A escola é da prefeitura, mas é a construtora Odebrecht que dá as cartas em tudo o que não tem a ver com ensino. Da limpeza e lavanderia à manutenção do prédio; de problemas nos computadores à contratação dos vigias.

Essa é a primeira de um lote de escolas públicas que a Prefeitura de Belo Horizonte privatizou parcialmente. É um tipo de contrato que a Odebrecht aposta que vai começar a repetir pelo país.

A Odebrecht Properties foi a vencedora de uma licitação que o prefeito Marcio Lacerda (PSB) abriu para a construção de 37 escolas (32 infantis e 5 de ensino fundamental) por meio de parceria público-privada (PPP). A Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) Belmonte, no bairro de mesmo nome, foi entregue em setembro. A partir deste mês, o plano é entregar uma por mês. Até dezembro de 2014 todas têm de estar funcionando. São as primeiras escolas PPP do Brasil, segundo a empresa e o Observatório das Parcerias Público Privadas.

“A demanda por escola pública é muito grande. Cinco ou seis municípios já nos procuraram, de Minas Gerais e outros Estados”, diz ChristiniKubo, diretora de investimentos da Inova BH, a marca da Odebrecht Properties para essa parceria na capital mineira.

A empresa vai investir R$ 190 milhões no contrato em Belo Horizonte e começou a ser remunerada pelas obras – que daqui a 20 anos, após a concessão, ficam com o município – e pelos serviços prestados. O Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) forneceu um empréstimo ponte de R$ 96 milhões. A empresa negocia com bancos um empréstimo de mais longo prazo para o projeto.

“Nós nos interessamos por qualquer projeto que possamos ser remunerados pela construção e também pela prestação de serviços em seu interior”, disse a diretora. “Como negócio, não fazemos distinção entre prédio de hospital e de um centro administrativo”, disse Christini, durante visita à escola.

“No caso da educação, no Brasil há uma carência em infraestrutura escolar e é nisso que temos interesse em atuar.” Seria até plausível que uma cidade tivesse só escolas pelo modelo de PPP, diz Christini. “Em muitas cidades, por exemplo, as escolas funcionam em prédios alugados e a PPP substituiria isso.”

Christini diz que a Odebrecht está para apresentar um estudo ao governo de Pernambuco para a construção de uma cidade universitária para a Universidade Estadual do Pernambuco (UEPE). Para o governo do Espírito Santo, prepara um estudo para um chamamento público de uma PPP para a construção de 20 escolas de ensino médio. “O modelo é semelhante ao de Belo Horizonte.”

O modelo mineiro prevê que uma parte da remuneração seja vinculada ao desempenho da Odebrecht nos serviços prestados na escola. Pelo contrato com a prefeitura, assim que uma escola é entregue, a empresa recebe 50% do valor da obra. A construção da Belmonte consumiu R$ 3,7 milhões. O resto será pago ao longo de 20 anos. Se os serviços prestados pela Odebrecht forem mal avaliados num determinado mês por um auditor independente e pela diretoria e professores de cada escola, a prefeitura paga um valor menor naquele mês.

Merendas e o trabalho pedagógico ficam de fora da lista dos serviços da Odebrecht. Todo o resto está no contrato. “Escolas são um negócio rentável”, diz Christini. A empresa vai receber, ao todo, da prefeitura R$ 100 milhões, ou R$ 2,7 milhões na média por escola assim que cada unidade for entregue. E mais R$ 39,9 milhões anuais, ao todo, para cobrir os custos da prestação de serviços dos 50% restantes das obras.

Bruno Pereira, do Observatório das Parcerias Público-Privadas, diz que esse é ainda um segmento novo e que o risco, para as empresas, é fechar um contrato com garantias frágeis de pagamento do poder público. A prefeitura de BH classifica a iniciativa como uma forma de resolver o dilema de carência de recursos e necessidade de escolas.

Para conseguir um preço mais baixo e mais rapidez – foram oito meses para erguer a Belmonte -, a Odebrecht decidiu fazer escolas com estrutura metálica e paredes de duas placas cimentícias finas; o oco entre elas é preenchido por lã de vidro. A empresa tem em sua carteira de PPPs a construção do centro administrativo de Brasília, o Porto Maravilha (revitalização de uma área no centro do Rio) e o Parque Olímpico também no Rio.

Origem: Valor Econômico, 16/10/2013

São Gonçalo vai ganhar hospital dedicado à gestante

As obras de construção do Hospital Estadual da Mãe – Unidade São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, foram iniciadas na terça-feira

Com perfil de alta complexidade, o novo hospital terá capacidade para realizar cerca de 600 partos e 8.600 consultas por mês e vai receber R$ 43 milhões em investimentos do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Serão 40 leitos de UTI Neonatal e oito leitos de UI Neonatal, além de 14 salas de pré-parto e pós-parto (PPP), três salas para parto cirúrgico e 80 leitos de enfermaria. Haverá ainda a Clínica da Mãe, onde serão realizados pré-natal, atendimento ambulatorial e exames como ultrassonografia nos 14 consultórios disponíveis.

O diferencial ficará por conta da Casa da Mãe, local onde a puérpera que mora longe da unidade ou em lugares de difícil acesso ficará hospedada caso seu bebê precise permanecer internado para cuidados na UTI ou UI. O espaço terá capacidade para receber 16 mulheres.

O Hospital Estadual da Mãe vem se juntar às outras duas unidades estaduais dedicadas à saúde da mulher e da gestante – Hospital da Mulher Heloneida Studart e Hospital Estadual da Mãe – Unidade Mesquita.

Escola de Música da UFRJ, no Passeio, será reformada

Projeto prevê que salas ganharão camarins e tratamento acústico

Paula Autran

Villa-Lobos e Pixinguinha se encontrarão na Lapa, no vaivém de músicos que serão retratados no novo gradil da Escola de Música da UFRJ, na Avenida República do Paraguai, que passa por uma grande reforma, incluindo a recuperação de dois prédios centenários que integram o complexo e a construção de um novo edifício. Para idealizar o mobiliário, que vai mudar a paisagem daquela região do Centro, foi convidada a designer BitizAfflalo e o ilustrador Rafael Fonseca, responsável pelos desenhos de mestres da música, que já estudaram no lugar, retratados em chapa galvanizada. A ampliação do conjunto arquitetônico, noticiada por Ancelmo Gois, em sua coluna no GLOBO, faz parte da comemoração dos 165 anos da instituição. As obras, que custarão R$ 15 milhões, serão concluídas em dois anos. O novo prédio começará a ser construído depois e deve ficar pronto em 2019. Ele terá oito andares de salas de aula para melhorar a vida dos cerca de mil alunos que se espremem hoje nos dois prédios existentes, onde há apenas um banheiro. Atualmente, não há tratamento acústico no espaço onde salas de concerto convivem com áreas administrativas.

— A ideia de ilustrar o gradil com pessoas passando surgiu porque, como vamos abrir uma entrada do prédio anexo para a República do Paraguai, e o novo também será voltado para lá, pensamos em movimentar aquela calçada, hoje em dia muito erma — conta a arquiteta Andrea Borde, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ, que coordena o projeto.

Terraço para visitantes

O conjunto arquitetônico ganhará também um terraço aberto à visitação, com vista para a Lapa e a Baía de Guanabara, além de uma passarela que ligará todas as unidades. A novidade é uma das modificações feitas para melhorar a acessibilidade. Um elevador será construído no lugar onde fica hoje uma cantina, improvisada entre os dois prédios já existentes.

— Hoje, se um aluno está no terceiro andar do prédio anexo e vai tocar no salão Leopoldo Miguez, ele tem que descer carregando o peso do instrumento, sair de um prédio e entrar no outro, sujeito à chuva, por exemplo — diz Andrea.

O maestro André Cardoso, atual diretor da escola, só vê vantagens na reforma, que beneficiará alunos da iniciação musical à pós-graduação:

— A reforma vai caracterizar cada prédio. Vamos ganhar banheiros e camarins.

A Escola de Música da UFRJ é o endereço que conta a história do ensino musical carioca e nacional. Surgiu quando a Sociedade de Música, em 1841, pediu autorização para criar um Conservatório de Música a fim de formar novos artistas para orquestras e coros. Chamado depois de Instituto Nacional de Música, a atual Escola de Música é subordinada à universidade desde 1965. O imóvel só foi inaugurado em 1922. Por lá passaram nomes como Antônio Carlos Gomes (“O Guarani”) , Francisco Braga (autor do Hino à Bandeira), Pixinguinha, Villa-Lobos e Wagner Tiso.

Obras no prédio principal já estão em andamento

Já o novo gradil, que será instalado no final do ano que vem, se estenderá da esquina da Rua do Passeio até a Escola Superior de Desenho Industrial da Uerj (Esdi). Ao mesmo tempo, as obras no prédio principal do complexo já estão em andamento. As salas de concerto Leopoldo Miguez, de acústica exemplar, ganharam adaptações feitas por Andrea Borde, com base em um projeto de 2005. Restaurado pela última vez há cinco anos, o painel “Paisagem urbana” de Ivan Freitas, com 25 metros de altura e 960m de comprimento, pintado em 1984, também será recuperado. A obra fica no prédio principal da Escola de Música da UFRJ, mas ainda não há data para a inauguração do painel recuperado.

— Estamos redefinindo os espaços do conjunto arquitetônico. Esse edifício principal ficará reservado para concertos. Para isso, algumas salas de aulas do térreo serão transformadas em camarins reversíveis para salas de aula, caso seja necessário, e as janelas ganharão tratamento acústico. Já o segundo prédio ficará reservado para aulas e para a administração da escola, embora também vá ganhar uma sala para concertos de câmara. E o terceiro, a ser construído, terá oito andares para salas de aula e uma cafeteria aberta no térreo — explica a arquiteta. — Vou fazer uma fachada dupla, com um vão de 65 centímetros, para amenizar o calor do sol da tarde. O vento correndo ali vai diminuir a temperatura. E, à noite, será possível ver os alunos em aula.

Origem: O Globo, 16/10/2013

Restrição a caminhões eleva custos dos fretes

Previsão é da Associação Comercial, que, no entanto, concorda com a medida para mitigar efeitos no trânsito do Centro com as obras para derrubar a Perimetral

Daniel Pereira

A restrição de carga e descarga no Centro da cidade devido às obras da Perimetral vai aumentar o preço do frete. A avaliação é do presidente do Conselho Empresarial de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio, Eduardo Rebuzzi. De acordo com ele, os principais impactos dos custos serão as questões de segurança e de adicional noturno.

“Os produtos perecíveis e os remédios precisam ter maior flexibilidade. E também temos que cobrar fiscalização para que os espaços destinados ao comércio não sejam utilizados por carros particulares. No mais, embora tenha impactos nos negócios, acho a medida justa”, disse.

Desde segunda-feira, a Secretaria Municipal de Transportes proibiu que os caminhões ingressem na área das 6h às 21h. A circulação interna desses veículos só será permitida das 10h às 15h.

“Toda mudança tem impacto. mas isso precisava ser feito. No horário de pico não tem como aceitar os caminhões. Mas estamos atentos para fazer ajustes e garantir que o comércio não seja prejudicado. Nosso departamento do bom senso está aberto 24 horas por dia”, brincou o secretário Carlos Roberto Osório, em apresentação a empresários na Associação Comercial. A deputada federal Aspásia Camargo criticou o planejamento. “Parece que tudo foi feito no sufoco.”

Temporada de cruzeiros preocupa

A chegada do verão e os eventos de fim de ano trazem mais uma preocupação para a mobilidade da Região Portuária: os navios de cruzeiro. O Rio é um dos principais destinos deste tipo de turismo e, tradicionalmente, atrai dezenas de embarcações totalmente lotadas.

“Ainda estamos estudando medidas para mitigar os efeitos das obras. Mas uma coisa é certa: este verão e o próximo serão os piores, porque as obras estarão em andamento”, disse o secretário Municipal de Transportes Carlos Roberto Osório.

Entre as medidas que a Prefeitura do Rio vem apostando, está a redução de vagas de estacionamento na região, acompanhada da priorização para o transporte público.

Origem: O Dia, 16/10/2013

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