Linha Cocotá-Praça 15 terá mais quatro barcas

Moradores aprovam proposta de criar linha na Baía de Guanabara ligando o Galeão ao Centro durante a Copa do Mundo. Medida facilitará deslocamento

Porta de entrada de turistas que chegam ao Rio em voos internacionais, a Ilha do Governador sofre com a falta de opções de transporte — para sair ou chegar ao bairro. Por isso, a proposta da Secretaria Estadual de Turismo de ligar o Aeroporto Tom Jobim ao Centro do Rio foi bem recebida pelos moradores do bairro, que enfrentam a superlotação nos ônibus e um sistema de barcas que deixa a desejar.

Nesta quarta-feira, o governador Luiz Fernando Pezão anunciou a compra de quatro barcas para a linha Cocotá-Praça 15, com 500 lugares cada. “Já compramos nove embarcações, somando oito mil lugares nos últimos anos. Iniciaremos a licitação para a compra de quatro novas, somando mais dois mil assentos”.

Sistema de barcas não atende demanda, segundo moradores Foto: Reprodução

 

Como O DIA antecipou, a ideia é implantar o serviço aquaviário (Aeroporto-Praça 15), em fase de testes, durante a Copa do Mundo. Se a iniciativa der certo, o sistema será utilizado nas Olimpíadas de 2016 e ficará como legado para o Rio. A iniciativa do secretário estadual de Turismo Claudio Magnavita prevê o uso de embarcações menores do tipo Hovercraft, que flutuam sobre um colchão de ar, com capacidade para transportar até 500 passageiros, mesmo em águas rasas como a de trechos da Baía de Guanabara.

O projeto faz parte do Plano Diretor de Transporte Urbano da secretaria, que prevê a expansão do transporte de barcas. Segundo a concessionária CCR, cerca de quatro mil passageiros utilizam diariamente as embarcações que saem da Estação Cocotá em direção à Praça 15. Para os usuários do transporte, a melhor alternativa para desafogar o trânsito na região seria criar novos terminais. “Não é aceitável que a Ilha, com tantas praias só tenha um ramal de barcas. Não sei por que a estação Ribeira foi desativada. Desafogaria o fluxo dos ônibus”, propõe a moradora Patrícia Justo.

A Associação de Moradores do Galeão sugeriu a reativação do píer, na Praia do Galeão, desativado desde os anos 20. Para o corretor de imóveis Edson Cardoso uma nova estação aumentaria a oferta do serviço. Ontem, ele perdeu a barca das 9h20 de Cocotá. Atrasado, ele optou pelo ônibus para chegar ao Centro. “É isso. Se acordo na hora, vou em pé na barca. No ônibus, demoro até duas horas”, reclamou. As 14 linhas que circulam pela Ilha transportam por mês 2,1 milhões de passageiros.

Origem: O Dia, 17/04/2014

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