Governo autoriza novo aeroporto em Caçapava

Aerovale recebeu investimento de R$ 250 milhões e faz parte de projeto de incorporação imobiliária de R$ 1 bi; meta é inaugurar antes da Copa

Marina Gazzoni

O governo federal concedeu ontem a terceira autorização para exploração comercial de um aeroporto privado no Estado de São Paulo. Localizado em Caçapava, a 120 km da capital paulista, o empreendimento Aerovale já está em construção e deve iniciar as operações no dia 30 de maio, antes da Copa.

O empreendimento prevê a venda de 117 lotes aeronáuticos, para construções de hangares, e de 188 áreas para condomínios industriais. A venda desses terrenos fará com que o projeto atinja um VGV (valor geral de venda) de R$ 1 bilhão.

Além dos lotes industriais e aeronáuticos, o empreendimento também terá dois hotéis, um centro de convenções, torres comerciais, outlet e quadras poliesportivas para locação.

“A nossa intenção não é só investir em um aeroporto, mas no entorno”, disse Rogério Penido, presidente do Aerovale. Segundo ele, 30% dos lotes já foram vendidos para empresas de diferentes setores – de distribuição editorial a táxi aéreo.

Até o fim de maio, Penido promete entregar a pista principal asfaltada e os hangares com pedra no chão. Hoje cerca de 40% da obra foi concluída e 97% da terraplanagem. “O histórico das Copas é atrair um fluxo grande de empresários do mundo todo, que vão chegar com seus jatos. Serão 2,5 mil, 3 mil jatos que não terão onde pousar. Queremos trazê-los para Caçapava”, disse Penido.

A promessa é concluir em dezembro o terminal de passageiros, com capacidade para 600 pessoas, e todos os lotes dos arredores do aeroporto.

Demanda. Além de atender os clientes de aviação executiva no Vale do Paraíba, o empreendimento também deve ser usado pelos passageiros que seguem para a capital paulista.

“São Paulo tem uma pressão de demanda muito forte para aviação executiva. A cidade tem a segunda maior frota de helicóptero do mundo. Isso mostra a necessidade de criar infraestrutura aeroportuária”, disse o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, durante a solenidade de assinatura do plano de outorga para o aeroporto.

A exploração comercial de aeroportos privados no Brasil se tornou viável após a publicação de um decreto com mudanças na regulamentação do setor em dezembro de 2012. O decreto comtemplou apenas projetos de aeroportos para aviação executiva, mas o governo avalia estender a regra para aeroportos destinados a voos comerciais.

Origem: O Estado de S. Paulo, 18/02/2014

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