Arquitetura aquece com boom imobiliário

Vicente Giffoni comemora o bom momento: arquitetos e urbanistas são os profissionais habilitados a planejar a cidade Foto: Pedro Zuazo

 

Após um período de estagnação, a carreira de arquitetura e urbanismo ganha novo fôlego a reboque da retomada do crescimento da cidade. Em 2014, pela primeira vez desde a década de 1980, o Rio teve mais de seis milhões de metros quadrados construídos, segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo. O novo boom da construção civil, balizado por questões urbanas cada vez mais importantes, como mobilidade, saneamento e sustentabilidade, faz multiplicar a demanda por profissionais da área.

— Arquitetos e urbanistas são os profissionais habilitados a planejar e pensar soluções para a cidade, em conjunto com o governo, visando uma melhor qualidade de vida. Se houve um momento em que esse espaço se reduziu, hoje ele é cada vez mais reocupado por nós — afirma Vicente Giffoni, presidente da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (Asbea-RJ).

Projetar um edifício ou uma reforma é apenas uma das funções do profissional do setor. De acordo com o Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil, também cabe a ele atuar no paisagismo e no planejamento de interiores, além de, no âmbito público, responder por projetos de acessibilidade, iluminação e sistemas viários urbanos, entre outros.

— A graduação oferece uma formação generalista, abordando aspectos específicos dos diferentes estágios da prática profissional, desde as transformações históricas até as mais modernas tecnologias de execuções arquitetônicas — explica Luiz Neves, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UFRJ.

Ser familiarizado com tecnologia é fundamental para quem deseja seguir a carreira.

— Hoje, a base da arquitetura é digital. As informações trocadas digitalmente resultam em menos desperdício, mais precisão e mais interface com as disciplinas que envolvem também a engenharia do projeto — explica Vicente.

 

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